A senadora Tereza Cristina, vice-presidente da Frente Parlamentar da Agropecuária, enfatizou que o Mercosul e a União Europeia estão mais próximos de atingir um tão esperado acordo de livre comércio. Segundo ela, “há um clima mais favorável para o fechamento do acordo”, que já está em processo desde 2019. O cenário encontrou algumas dificuldades na Europa, mas agora se observa um avanço significativo. Tereza fez essas declarações durante o Fórum Cenário Geopolítico e a Agricultura Tropical, promovido pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil, em parceria com outros veículos.
A senadora também ressaltou que, com as mudanças geopolíticas atuais, a Europa observa o Mercosul de uma maneira renovada. Essa nova perspectiva pode abrir portas para uma colaboração mais estreita entre as regiões.
Oportunidades no Agronegócio
Além das negociações com a União Europeia, Tereza Cristina mencionou que o agronegócio brasileiro pode se beneficiar da complexa dinâmica da guerra comercial entre Estados Unidos e China. Ela advertiu, no entanto, que ainda é prematuro avaliar o impacto real dessas mudanças. “Se não houver acordo entre eles, o Brasil pode encontrar oportunidades com parceiros que enfrentam dificuldades com os Estados Unidos”, disse.
Reciprocidade nas Relações Comerciais
Em meio a esse otimismo, a senadora destacou a importância da aplicação da lei da reciprocidade. Essa legislação visa proteger o Brasil de medidas comerciais que possam ser desfavoráveis. Tereza indicou que, embora haja um cenário mais promissor, o país deve agir com cautela diante das transformações no comércio internacional.
A lei da reciprocidade ganhou notoriedade após a aprovação da nova legislação antidesmatamento pela União Europeia, que, segundo a senadora, foi “construída para atingir o Brasil”. Ela enfatizou a necessidade de mecanismos que garantam proteção ao país frente a situações adversas. Tereza Cristina ainda afirmou que o texto da lei brasileiro foi desenvolvido com base em princípios amplos e pode ser ajustado conforme necessário.
A implementação da medida dependerá da decisão do presidente, ressaltou a senadora, em referência à necessidade de uma abordagem estratégica nas relações internacionais.