O primeiro-ministro de Israel, Benjamin Netanyahu, declarou nesta terça-feira (26) que está pronto para implementar um acordo de cessar-fogo com o Hezbollah, grupo libanês considerado aliado do Irã e do Hamas. Ele destacou, no entanto, que responderá com vigor a qualquer violação do pacto.
De acordo com uma fonte do governo israelense ouvida pela CNN, o Gabinete de Segurança de Israel aprovou a proposta de cessar-fogo. No entanto, detalhes cruciais, como a duração do acordo e a data de sua implementação, ainda precisam ser definidos.
“Faremos cumprir o acordo e responderemos vigorosamente a qualquer violação. Juntos, continuaremos até a vitória”, afirmou Netanyahu, enfatizando que o país mantém coordenação total com os Estados Unidos e liberdade total de ação militar. “Caso o Hezbollah viole o acordo ou tente se rearmar, atacaremos de forma decisiva”, acrescentou.
O premiê apontou três razões principais para buscar o cessar-fogo:
1. Focar no Irã como principal ameaça;
2. Repor os suprimentos de armas e conceder descanso ao Exército;
3. Isolar o Hamas na arena diplomática.
Netanyahu destacou ainda que o Hezbollah está significativamente enfraquecido em relação ao início do conflito. “Atrasamos o grupo em décadas, eliminamos seus principais líderes, destruímos a maior parte de seus foguetes e mísseis, neutralizamos milhares de combatentes e obliteramos anos de infraestrutura terrorista perto de nossa fronteira”, afirmou.
O primeiro-ministro também mencionou ataques a alvos estratégicos em todo o território libanês, que, segundo ele, “abalaram Beirute até o âmago”.
Enquanto as negociações para o acordo avançam, as hostilidades continuaram nesta terça-feira, com Israel intensificando ataques aéreos em Beirute e outras regiões do Líbano. Autoridades de saúde relataram pelo menos 18 mortos nos bombardeios mais recentes.