Na presidência do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU), a diplomacia brasileira articula uma 5ª proposta de resolução sobre a guerra entre Israel e o Hamas, na Faixa de Gaza, para ser analisada. A nova resolução é articulada após os vetos a quatro propostas anteriores, duas da Rússia, uma do Brasil e outra dos Estados Unidos.
O chanceler brasileiro Mauro Vieira informou nessa quarta-feira (25) que está trabalhando para encontrar uma proposta que contemple as posições de todos os membros do Conselho.
“Estamos trabalhando em uma nova resolução que recolha os pontos positivos dessas quatro (propostas) que foram vetadas e acrescentando outros aspectos para ver se conseguimos acomodar as necessidades de todos os atores”, disse.
O ministro das Relações Exteriores do Brasil defendeu que a resolução deve conter todas as exigências dos 15 membros do Conselho de Segurança.
“Acho que uma nova resolução tem que pedir tudo, tem que pedir assistência humanitária, tem que pedir cessação de hostilidades, tem que pedir a cessação da violência, tem que pedir a libertação de reféns, tem que pedir a entrada assistência humanitária, de produtos básicos, tem que permitir a saída de nacionais de terceiros estados, como são os brasileiros”, afirmou.
Sobre o direito de Israel em se defender, exigência feita pelos Estados Unidos para aprovar uma resolução, Mauro Vieira respondeu que é preciso que esse direito de defesa seja exercido dentro do direito internacional. “A questão toda é o direito internacional”, analisou.
Israel tem sido acusado de não respeitar o direito humanitário internacional nas suas ações militares na Faixa de Gaza, como foi destacado pelo secretário-geral da ONU António Guterres na sessão do Conselho de Segurança da ONU da última terça-feira (24).
O Brasil preside o Conselho até o dia 31 de outubro. “Acho que o importante é votar e ter alguma coisa. Se for durante nossa presidência melhor, mas nossa grande preocupação é contribuir para que se tome alguma resolução sobre essa situação tão grave”, acrescentou Mauro Vieira.
*Com informações da Agência Brasil
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