5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

A importância de aprender com calma em um mundo acelerado

A importância de aprender com calma fica evidente quando vemos alguém nas redes sociais na aula de pintura, outra aprendendo italiano e mais alguém no pilates. Logo surge aquela agonia no pensamento: “Por que eu não faço tudo isso também?”. No dia seguinte, vem a ideia de se matricular em crochê, pintura, musculação e, quem sabe, um curso de gastronomia.

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A cada tentativa, a ansiedade e a frustração aumentam por não conseguir memorizar todas as palavras do novo idioma, nem acertar o movimento exato de bordar. Esse cenário é cada vez mais comum em um mundo acelerado, que promete resultados rápidos, mas muitas vezes esquece da qualidade do aprendizado. É nesse contexto que devemos focar na importância de aprender com calma e valorizar nosso ritmo individual.

O que é slow learning?

Segundo Andrea Ávila, naturopata especializada em psicanálise e medicina preventiva, slow learning é uma abordagem pedagógica que prioriza a qualidade e a profundidade do aprendizado em vez da velocidade, o que promove reflexão e aplicação prática do conhecimento.

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“É inspirado no movimento slow, que busca desacelerar em um mundo hiperacelerado. A naturopatia (medicina natural) trabalha de forma integral: mente e corpo. Com suplementação adequada e orientação profissional, auxilia na absorção de minerais, vitaminas e aminoácidos que fortalecem foco e aprendizado.”

Ela ainda complementa que, em vez de se preocupar em absorver rapidamente grandes quantidades de informação, o corpo é incentivado à reflexão profunda e à conexão do conhecimento com a experiência.

Especialista em tecnologia e negócios e professor de MBA, Antonio Muniz afirma que a ideia do desacelerar para aprender melhor é essencial. “Apesar de pensarmos mais rápido do que falamos, a assimilação de conhecimento é mais lenta. A pressa em dominar várias habilidades compromete a qualidade do aprendizado e é preciso parar um pouco e internalizar ideias de forma sólida”.

Superestimulação de tudo

Em excesso, o estímulo constante prejudica o cérebro. Andrea alerta que o excesso pode levar a sobrecarga sensorial, o que prejudica a concentração e impacta na saúde mental, como o burnout. O estresse também é um fator.

“Em situações de estresse agudo, o corpo libera hormônios que podem melhorar foco e atenção, potencializando o desempenho. Mas o estresse crônico prejudica memória, concentração e tomada de decisões, além de gerar ansiedade e cansaço.”

Ela recomenda vitaminas do complexo B, magnésio, triptofano e plantas como passiflora e valeriana para reduzir sintomas de estresse.

“Vitaminas B6 e B12 são importantes para a produção de serotonina, neurotransmissor ligado ao bem-estar e ao controle do humor. Já o magnésio ajuda a reduzir a tensão muscular e promove o relaxamento. A deficiência da vitamina D está ligada a níveis elevados de ansiedade, e a suplementação pode auxiliar na produção de neurotransmissores.”

“Nosso cérebro não é multitarefa. Alternar entre atividades. Tentar absorver várias informações ao mesmo tempo gera sobrecarga cognitiva. Estudar enquanto ouve outra informação ou conversa é ineficaz.”

Muniz explica que em atividades criativas “pausar pode beneficiar o aprendizado, pois o cérebro continua processando informações em segundo plano”. É justamente isso que o slow learning propõe: pausas e reflexões para que o conhecimento seja consolidado e conectado com a prática.

Aprendizado no ritmo do corpo e da mente

Cada pessoa tem seu ritmo de aprendizagem, influenciado por experiências prévias, estilo de aprendizagem, desenvolvimento cognitivo e ambiente social. Segundo Muniz, dar pausas estratégicas e permitir que ideias “durmam” antes de retomá-las ajuda a consolidar a memória e evita decisões impulsivas. “Essa pausa é essencial para aprender de forma mais profunda e duradoura”, ressalta.

“É importante respeitar o ritmo individual. Reconhecer que cada pessoa aprende de forma diferente permite criar um ambiente de aprendizagem eficaz e inclusivo, com adaptação, flexibilidade e apoio.”

Andrea reforça que o autocuidado é essencial. “Alimentação equilibrada, sono de qualidade, exercícios e meditação fortalecem corpo e mente. Jogos de raciocínio e atividades físicas também ajudam a treinar foco e concentração.”

Além disso, algumas práticas são boas companheiras para desacelerar e ver a importância de aprender com calma em um mundo que corre rápido demais.

  • Escreva com suas próprias palavras após uma aula, reunião ou leitura;
  • Faça resumos simples e objetivos;
  • Ensine alguém sobre o que aprendeu – isso reforça o conteúdo e comprova que você entendeu;
  • Mindfulness e escrita desaceleram o pensamento e reduzem ansiedade;

“Quem é severo consigo mesmo tende a repetir erros e se culpar, o que é uma forma de autossabotagem. Aprender a se perdoar é libertador, mesmo que seja um processo lento.”

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