terça-feira, 29 de outubro de 2024

Brasil leva equipe completa de surfe para Paris 2024 com seis atletas

Três anos após a histórica conquista do ouro na estreia do surfe nos Jogos Olímpicos de Tóquio, o Brasil chega a Paris 2024 como o único entre os 11 países participantes com o número máximo de seis atletas. A equipe está completa em Teahupo’o, no Taiti, desde o último sábado (20), com a chegada da gaúcha Tatiana Weston-Webb. Ela se junta ao time composto por Filipe Toledo, atual bicampeão mundial; Gabriel Medina, tricampeão mundial; João Chianca, o Chumbinho; Luana Silva; e Taina Hinckel.

No domingo (21), o sexteto realizou o primeiro treino oficial nas ondas tubulares de Teahupo’o. A janela de competição do surfe será aberta no próximo sábado (27), logo após a cerimônia de abertura de Paris 2024.

“Estou muito feliz de ter chegado em Teahupo’o para participar de mais uns Jogos Olímpicos e tentar ganhar uma medalha. Está todo mundo muito animado aqui na base e com muita esperança de que o Time Brasil vai ter um grande resultado. Espero que tenham altas ondas na competição, mas enquanto isso vamos nos preparando para chegar bem no momento certo”, disse Tati, que obteve em maio a inédita nota 10 feminina nas ondas de Teahupo’o na temporada atual da Liga Mundial de Surfe (WSL).

João “Chumbinho” Chianca, natural de Saquarema (RJ), também está empolgado com a estreia. O surfista, que sofreu um grave acidente em Pipeline (Havaí) em dezembro passado, passou quatro meses se recuperando de sequelas. Após o acidente, Chumbinho retornou às competições no final de abril, a tempo de realizar seu sonho olímpico.

“Já estamos aqui no Taiti nos preparativos para esses grandes Jogos Olímpicos. A vibe está intensa aqui na base do Time Brasil. Estou felizão de estar aqui. A estrutura está animal”, avaliou Chumbinho, que garantiu sua vaga olímpica em agosto do ano passado, quando era o número 4 do ranking mundial.

O retorno do atual bicampeão mundial Filipe Toledo às competições também é um destaque. Natural de Ubatuba (SP), Filipe optou por não participar da WSL este ano para focar na sua saúde mental e na preparação para os Jogos de Paris.

“É o sonho de todo atleta estar nos Jogos Olímpicos e ter uma medalha. E para o nosso esporte, o surfe, sinto que esse é o ponto mais alto que podemos alcançar”, disse Filipinho. “Estive muito perto de me classificar para Tóquio 2020. Por apenas 150 pontos, não consegui, mas este ano poderei representar meu país, minha família e meus amigos. Estou empolgado. É um sonho se tornando realidade”, revelou o paulista de 29 anos.

O Brasil conseguiu o número máximo de representantes em Paris após garantir duas vagas extras (uma masculina e outra feminina) nos Jogos Mundiais de Surfe da ISA 2024, em março, em Porto Rico. Gabriel Medina conquistou uma vaga ao vencer o ISA Games, enquanto Tatiana Weston-Webb, já classificada para Paris, garantiu a terceira vaga feminina, preenchida por Luana Silva, nascida no Havaí e filha de brasileiros.

Redação
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Equipe de jornalismo

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