O capixaba Marlon Moura, 32 anos, deixou Cariacica e foi até Lima, no Peru, para acompanhar a final da Libertadores entre Flamengo e Palmeiras. Um detalhe: ele não torce por nenhum dos dois finalistas.
A partida acontece neste sábado (29), às 18h (horário de Brasília), e vai definir qual será o primeiro clube brasileiro a conquistar quatro títulos da Libertadores.
Há dois anos como criador de conteúdo, Marlon viaja para relatar experiências em estádios, sempre integrando alguma torcida. Em Lima, torcedores de Flamengo e Palmeiras têm feito um pedido curioso: que ele funcione como um “amuleto” invertido.
Infiltrado na torcida do Racing em Buenos Aires
A história começou na semifinal desta edição da Libertadores. Marlon foi à Argentina com um grupo de amigos, todos rubro-negros, para acompanhar o jogo de volta entre Flamengo e Racing. Acabou se misturando à torcida do time argentino; o jogo terminou 0 a 0 e o Flamengo avançou à final.
Após esse episódio, flamenguistas passaram a pedir que ele ficasse no meio da torcida do Palmeiras na final; palmeirenses, por sua vez, sugeriram que se colocasse entre os torcedores do Flamengo, transformando-o, nas palavras dele, em um “amuleto ao contrário”.
Marlon Moura, criador de conteúdo
Saia-justa com a patroa em viagem à Argentina
O capixaba criou um personagem de torcedor do Flamengo para os vídeos nas redes sociais e, em Lima, apareceu usando uma camisa com a imagem do ex-atacante Adriano Imperador.
O tom bem-humorado e as peripécias mostradas nos posts, no entanto, também geraram situações embaraçosas. Uma delas ocorreu no estádio do Racing.
Vestido com a camisa e o gorro do clube argentino, Marlon fez uma selfie e compartilhou a foto nos grupos de amigos. Não percebeu, porém, que uma torcedora surgiu atrás dele com um sorriso discreto, o que provocou a reação da “patroa”, Maria Clara.
Ele contou, entre risos, que só voltaria para casa com a vitória. Depois da selfie com a torcedora sorridente, apelidada pelos amigos e seguidores de “Vitória”, a esposa perguntou quem era essa “Vitória” e ele acabou dormindo na varanda por uma semana.
Mistério sobre o time do coração
Marlon é casado com Maria Clara e o casal tem uma filha, Maria Helena, de quatro anos. O trabalho como criador de conteúdo, apoiado por patrocinadores, já garante a renda da família.
No meio das brincadeiras com o personagem, porém, permanece a dúvida sobre qual é o verdadeiro time do coração do capixaba.
Segundo ele, trata-se de uma incógnita: quase ninguém sabe por qual clube torce; ele costuma brincar dizendo que é “todes”.









