5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Salário de mecânico de F1 surpreende

Um mecânico de F1 aufere, em média, 69.000 euros por ano (aproximadamente R$ 415.000) e trabalha cerca de 70 horas por semana. Muito além dos pit stops de 2 segundos exibidos na TV, esses profissionais são verdadeiros especialistas em engenharia automotiva.

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A informação foi divulgada por Calum Nicholas, ex-integrante da Red Bull que trabalhou diretamente com Max Verstappen durante os anos de seus títulos mundiais.

Quanto realmente ganha um mecânico da Fórmula 1?

De acordo com Calum Nicholas, que integrou a equipe de Max Verstappen, o salário médio de um mecânico na F1 situa-se em torno de 60.000 libras por ano (cerca de €69.000), o que equivale a aproximadamente R$ 415.000 por ano.

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Nicholas iniciou a carreira aos 22 anos com remuneração de 42.000 libras por ano, num período em que a temporada contava com apenas 17 corridas. Atualmente, com 24 etapas e sequências de três fins de semana seguidos, a carga de trabalho aumentou consideravelmente, sem que os salários tenham acompanhado essa escalada proporcionalmente.

Vale lembrar que esses números referem-se a equipes de nível médio; em equipes de ponta como Red Bull, Mercedes e Ferrari, as remunerações podem ser de 20% a 30% superiores, sobretudo para mecânicos-chefe e especialistas em pit stop.

Também é relevante salientar que os mecânicos costumam viajar em classe econômica e não recebem remunerações extras por integrarem as equipes de pit stop, uma das funções mais visíveis e prestigiadas do esporte.

  • Salário médio anual: €69.000 (R$ 415.000)
  • Carga horária semanal: 70 horas durante a temporada
  • Viagens: mais de 200 dias por ano fora de casa
  • Benefícios extras: limitados, sem bônus para pit stops

Qual é realmente a função de um mecânico de F1?

Ao contrário do que muitos imaginam, os mecânicos de F1 fazem bem mais do que os pit stops mostrados pelas transmissões; Nicholas ressalta que esses profissionais são responsáveis pela montagem, desmontagem, inspeção e reparos completos dos carros.

Num fim de semana de corrida, a jornada pode superar 12 horas por dia, englobando a preparação dos carros, ajustes entre sessões de treino, reparos de emergência e, naturalmente, os pit stops durante as corridas.

Cada equipe conta com um limite de apenas 60 pessoas operacionais durante um GP, o que obriga os mecânicos a acumularem funções: um especialista em suspensão pode atuar no pit stop, e um mecânico de motor frequentemente auxilia em procedimentos de aerodinâmica conforme a necessidade.

É importante destacar que os modernos propulsores híbridos V6 são muito mais complexos do que os antigos V8, demandando conhecimentos técnicos comparáveis aos de engenheiros da aviação.

  • Montagem e desmontagem completa dos carros
  • Reparos técnicos complexos durante os treinos
  • Pit stops em tempo recorde (menos de 3 segundos)
  • Múltiplas especialidades por mecânico

Por que trabalhar como mecânico de F1 é tão desafiador?

A rotina de um mecânico de Fórmula 1 vai além do brilho das câmeras: são mais de 200 dias por ano longe de casa, viajando entre fusos e enfrentando condições climáticas extremas, do calor de Sakhir ao frio de Silverstone.

Nicholas compara o cenário atual ao passado e afirma que “antes eram apenas 17 corridas, sem sequências de três GPs seguidos; a complexidade dos motores V8 não se aproxima do atual sistema híbrido”. Os motores modernos exigem monitoramento contínuo de centenas de sensores e parâmetros.

O ambiente é extremamente competitivo e um erro pode comprometer uma corrida inteira; um pit stop mal executado frequentemente determina a diferença entre a vitória e a derrota, gerando enorme pressão psicológica sobre a equipe.

Além disso, as equipes investem no condicionamento físico dos mecânicos, com dietas específicas, preparação atlética e programas de treinamento mental, tratando-os quase como atletas de alto rendimento.

  • Mais de 200 dias anuais viajando pelo mundo
  • Jornadas de trabalho superiores a 70 horas semanais
  • Pressão extrema por performance perfeita
  • Treinamento físico e mental intensivo

Vale a pena ser mecânico da Fórmula 1 em 2025?

Apesar das dificuldades, a profissão de mecânico de F1 continua sendo o objetivo de milhares de profissionais do automobilismo; a remuneração, embora distante do nível milionário dos pilotos, está entre as mais altas na engenharia mecânica global.

Para efeito de comparação, um engenheiro mecânico no Brasil recebe, em média, R$ 8.000 por mês, enquanto um mecânico de F1 aufere cerca de R$ 34.000 mensais, uma diferença significativa diante das exigências da função.

Nicholas admite que, mesmo após a aposentadoria, consideraria retornar caso os salários alcançassem 350.000 euros anuais, quantia que ele julga condizente com a dedicação extrema requerida: “Se isso acontecer, posso considerar uma volta”, declarou o ex-mecânico da Red Bull.

O teto orçamentário introduzido em 2021 influenciou os salários apenas de forma marginal; as equipes mantêm o foco no talento técnico, e muitos mecânicos progridem para cargos de engenharia ou chefia técnica ao longo da carreira.

  • Salários entre os melhores da engenharia mundial
  • Experiência única no automobilismo de elite
  • Oportunidades de crescimento para engenharia
  • Reconhecimento internacional na área técnica

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