O ritmo atual do basquete exige um atleta com características “completas”.
Muitos que acompanham a NBA ou a Seleção Brasileira e gostam do esporte hesitam em arremessar por causa da baixa estatura; esse receio pode ser deixado de lado. Quem se considera “baixinho” e quer jogar basquete deve seguir as orientações abaixo para se destacar nas quadras.
Baixinho combina com basquete?
“O jogador mais baixo também tem lugar no basquete: pode executar dribles com ambas as mãos e desenvolver uma visão de jogo apurada. Mantendo a cabeça erguida e sabendo organizar a equipe, diferencia-se. Além disso, velocidade e intensidade nas ações são determinantes”, explicou o professor de Educação Física e técnico de basquete Josiel Venerando ao Sport Life.
Fundamentos
A regularidade nos treinamentos é o que vai consolidar um desempenho satisfatório, mesmo que soe lugar-comum. Antes de tentar reproduzir em jogos o estilo de um jogador famoso, é o treino que proporcionará essa aptidão. Abaixo, Josiel indica os fundamentos essenciais para atletas de menor estatura.
Drible
“Se o atleta dominar o drible de cabeça erguida tanto pelo lado direito quanto pelo esquerdo, com variações de bandeja, penetração, freio e arremesso, e souber executar paradas e arremessos em um ou dois tempos, terá condições de equilibrar seu jogo contra oponentes mais altos”, detalhou o técnico.
Passe
O passe pode transformar o jogador em um verdadeiro facilitador da equipe, função que não exige estatura elevada e que é valorizada no basquete contemporâneo.
“Quem tem qualidade para passar e atuar sem a bola pode comandar as jogadas como armador, abrindo caminhos para os companheiros. É crucial que o jogador mais baixo desenvolva essa leitura de jogo; hoje o basquete moderno não exige apenas um fundamento, mas um conjunto de qualidades”, orientou Venerando.
Atleta multi skill
“É preciso executar os fundamentos com intensidade. Não existe mais espaço para quem afirma saber apenas driblar ou apenas passar. O jogo atual demanda que professores e treinadores trabalhem todos os fundamentos com atletas de todas as alturas: defesa, rebote e compreensão do contra-ataque. Enxergar o atleta de forma ampla e trabalhar com dedicação traz resultados no futuro”, afirmou Josiel.
Dados
A pesquisa do IBOPE Repucom, divulgada no segundo semestre de 2019, aponta que o basquete acumulou 365 horas de transmissão entre janeiro e maio nas TVs abertas e por assinatura, sendo a terceira modalidade com mais espaço na televisão entre os esportes.
Os principais torneios do país são o NBB (Novo Basquete Brasil) e o Campeonato Brasileiro de Clubes, organizado pela CBB (Confederação Brasileira de Basketball). Sem atualização desses números, a CBB afirma haver cerca de 100 times profissionais no país, 35 milhões de torcedores e três milhões de praticantes.
Quem é ele?
Josiel Venerando é formado em Educação Física pelo Centro Universitário Claretiano, ministra aulas na Escola Toulouse Lautrec, em Franca (SP), e coordena uma escolinha de basquete nessa cidade. No currículo, consta também o trabalho como técnico por 15 anos nas categorias sub-11 e sub-13 da ASPA (Associação de Pais e Amigos do Franca Basquete).
Esse período de atuação nas categorias de base do SESI/Franca Basquete possibilitou a formação de jogadores que hoje integram a Seleção Brasileira, como Léo Meindl e Lucas Mariano.








