Ednaldo Rodrigues foi afastado da presidência da CBF pela segunda vez, resultado de uma decisão da Justiça do Rio. O promotor de justiça Gabriel Zefiro tomou esta medida devido a um caso envolvendo uma assinatura supostamente falsa do vice-presidente Coronel Nunes, que concederia poderes a Ednaldo.
Fernando Sarney, atual vice-presidente da CBF, assume a intervenção e é responsável por convocar novas eleições para o cargo. Sarney também foi um dos primeiros a solicitar legalmente o afastamento de Ednaldo.
### Motivo do afastamento
O recente afastamento está ligado à contestação de uma assinatura em um acordo que havia reconhecido a validade da eleição de Ednaldo em 2022. Essa questão surgiu após preocupações sobre a saúde do Coronel Nunes, que possui um histórico médico delicado, incluindo um tratamento recente para câncer.
Além de Nunes, outros dirigentes da CBF também assinaram o documento que valida a eleição de Ednaldo. No entanto, a crise atual não demorou em surgir, com a legalidade da assinatura sendo colocada em dúvida.
### Elementos que levantaram suspeitas
A dúvida sobre a autenticidade da assinatura do Coronel Nunes foi alimentada por um relatório médico que mencionava “déficit cognitivo”. O documento, que circulou como parte de um processo na Justiça do Pará, foi essencial para as novas alegações sobre a assinatura do ex-presidente da CBF.
Uma procuração assinada pelo Coronel também foi discutida na petição de Fernando Sarney, que apontou que Nunes estava incapaz de comparecer ao cartório para assinar em pessoa.
Além disso, um parecer de uma perita técnica contestou a assinatura de Nunes, destacando divergências que poderiam comprometer sua validade. A empresa responsável pela análise já teve trabalhos contestados anteriormente, o que levanta ainda mais tensão sobre a situação.
### O impacto da decisão
A repercussão da decisão judicial e o afastamento de Ednaldo Rodrigues reforçam a instabilidade política dentro da CBF. Isso ocorre em um momento em que a entidade precisa de um comando firme para organizar o futuro do futebol no Brasil.
Em dezembro de 2023, Ednaldo já havia enfrentado um afastamento semelhante, mas foi reconduzido ao cargo após uma liminar do STF. A expectativa agora é que as novas eleições ajudem a sanar as incertezas e consolidar a governança da CBF.
