A surfista catarinense Alexia Monteiro se destacou recentemente ao participar da etapa do REMA WSL em Saquarema, Rio de Janeiro. Essa competição representa um importante marco para a atleta, que superou desafios significativos relacionados à saúde e volta aos campeonatos profissionais.
Superação de Obstáculos
Natural de Garopaba, Alexia embarcou para o Havaí em fevereiro, onde começou a sentir fortes dores nas costas. Inicialmente, os médicos suspeitaram de problemas musculares ou vértebrais. No entanto, a situação se agravou com o surgimento de febre, levando à sua internação no Hospital Universitário (HU) da Universidade Federal de Santa Catarina (UFSC), em Florianópolis, onde ficou uma semana.
Durante sua internação, o diagnóstico evoluiu para um quadro de embolia pulmonar, que, segundo Alexia, foi difícil de identificar inicialmente. “Fiquei 10 dias sem saber o que estava acontecendo, até que descobriram a embolia, que era pequena e quase imperceptível no raio-X”, relembra a jovem atleta, que é uma das melhores surfistas do Brasil, ocupando a 4ª posição no ranking da Confederação Brasileira de Surf (CBSurf).
Detalhes da Tratamento
Após uma série de exames, foi identificado um derrame pleural, que é um acúmulo de líquido entre as membranas que revestem os pulmões. O tratamento revelou que ela havia enfrentado a tromboembolia pulmonar, uma obstrução das artérias pulmonares por coágulos de sangue. “Foi um período difícil. Eu estava em um intenso regime de treinos no Havaí e queria voltar a competir, mas precisei ficar quase dois meses fora da água”, relata.
Retorno às Competições
Depois de sua recuperação, Alexia voltou aos treinos, utilizando tanto praias quanto uma piscina de ondas em Garopaba, além de realizar atividades de recuperação na Surf Center, uma rede de clubes de piscinas de ondas. Sua primeira competição após a internação foi a etapa da WSL no Rio de Janeiro, iniciada no último sábado.
No round inicial, Alexia passou em 2º lugar com uma nota acumulada de 8,53. Contudo, nas quartas de final, ela não conseguiu se classificar, terminando atrás das competidoras Estela Lópes, do Chile, e Catalina Zariquiey, do Peru, com uma pontuação de 4,70. Com isso, ela continua se preparando para o restante da temporada de 2025.
Expectativas para o Futuro
“A expectativa está boa, estou surfando bem e me recuperando. O preparo físico diminuiu um pouco, mas estou mantendo meus objetivos para 2025”, afirma Alexia Monteiro. Sua dedicação e superação tornam-na um exemplo de resiliência no surfe e uma inspiração para muitos.