Raphinha tem se destacado de maneira excepcional no Barcelona durante esta temporada, mostrando que é um candidato forte ao título de melhor do mundo e também liderando como artilheiro da Champions League. No entanto, seu desempenho na Seleção Brasileira deixa a desejar, gerando a expectativa de que fatores distintos possam estar influenciando essas variações.
Hansi Flick potencializa Raphinha
Um dos aspectos que contribui para o sucesso de Raphinha no Barcelona é a liberdade tática que ele recebe em campo. Ao contrário de muitos jogadores que atuam fixos em uma das pontas, Raphinha se destaca pela sua movimentação ágil. No esquema 4-2-3-1 do Barcelona, o técnico alemão Hansi Flick se beneficia da capacidade do jogador de transitar entre as posições, atuando como um meia armador. Essa flexibilidade combinada com sua velocidade e técnica resulta em números impressionantes: Raphinha acumula 47 participações em gols nos 44 jogos da temporada.
Além de fissurar a defesa adversária, Raphinha tem se mostrado um excelente criador de jogadas, auxiliando seus companheiros não só nas 20 assistências que contabiliza, mas também abrindo oportunidades para que jogadores como Lewandowski e Yamal se destaquem.
Função diferente na Seleção
Quando se trata da Seleção Brasileira, a abordagem é completamente diferente. Raphinha geralmente atua em uma posição mais fixa pela direita, o que o limita em sua capacidade de criar jogadas. A ausência de um jogador como Yamal ou até mesmo Antony, que não conseguiu se firmar na equipe nacional, impacta ainda mais o desempenho do brasileiro. Isso o força a depender de dribles, em vez de explorar seu potencial criativo entre as linhas, resultando em dificuldades na hora de marcar.
Dos seis gols marcados desde a Copa do Mundo, apenas um foi em jogada aberta, o que ressalta a problematização de sua presença em campo. Os outros gols vieram de pênaltis e faltas, refletindo a necessidade de uma contribuição individual em um coletivo que enfrenta dificuldades.
Falta de confiança também pode explicar queda
As dificuldades da Seleção Brasileira, que não vive um bom momento, podem impactar a confiança de qualquer jogador, incluindo Raphinha. O atacante tentou demonstrar liderança em uma entrevista, afirmando que a equipe não temia a Argentina, mas as críticas após a derrota para os argentinos por 4 a 1 foram severas.
Avaliar o futuro do desempenho de Raphinha na Seleção passa inevitavelmente pela definição de um novo treinador, dado que a expectativa é de que a escolha pode influenciar o desempenho coletivo. Os dois nomes mais cotados para assumir a função na CBF são Jorge Jesus e Carlo Ancelotti, com outros técnicos como José Mourinho e Abel Ferreira ainda sendo considerados. A escolha desse novo comandante poderá ser crucial para revitalizar a equipe e, consequentemente, Raphinha.
