O ex-jogador do Flamengo e atual do Cruzeiro, Lincoln Corrêa dos Santos, e seus pais, Luciene Roberta Correa e Josemar Dias dos Santos, decidiram aceitar um acordo e pagar uma multa de R$ 7 mil por conta de uma confusão ocorrida no condomínio/bairro Boulevard Lagoa, na Serra. A proposta foi apresentada no 2º Juizado Especial Criminal do Município durante audiência na tarde desta terça-feira (13).
No processo estão citados Lincoln e os seus pais, o denunciante é o síndico Sizenando José Coutinho Braga, que acusava os três de ameaça, que, supostamente, teria ocorrido durante uma festa realizada pela família no condomínio de luxo, em dezembro do ano passado.
O juiz João Patrício Barroso Neto determinou no acordo o pagamento de dois salários-mínimos por Lincoln, Luciene e Josemar. O valor que ultrapassa os R$ 7 mil deverá ser depositado para alguma entidade pública.
Os pais do jogador de futebol estiveram presentes pessoalmente na audiência. Lincoln participou por chamada do WhatsApp.
Lincoln rebate acusações de site
O jogador Lincoln rebateu uma publicação do Jornal Novo Tempo, nesta terça-feira (13). De acordo com a matéria, o atleta do Cruzeiro estaria sendo acusado de ameaçar moradores de um condomínio. O atacante, no entanto, alega que sofreu racismo.
Confira nota oficial na íntegra:
A C2 Sports vem a público repudiar veementemente a matéria do Jornal Tempo Novo, do Espírito Santo, que promove inverdades e fake news direcionadas ao atleta Lincoln e a seus familiares.
Após o anúncio da venda para o Vissel Kobe, do Japão, em dezembro de 2021, o jogador promoveu uma festa para comemorar com seus familiares no bairro/condomínio Boulevard Lagoa, no Espírito Santo. O advogado da família, Luciano Gabeira Brandão, explica:
A festa ultrapassou 12 minutos do horário das 22 horas no dia 27 de dezembro. E, por conta disso, o síndico Sizenando José Coutinho Braga chamou a polícia e promoveu uma série de ataques racistas e preconceituosos aos familiares de Lincoln. Esses xingamentos do diretor do condomínio foram o que inflamou e ocasionou um bate-boca entre os familiares, alguns moradores e o próprio síndico.
O Jornal cita que “Lincoln é acusado de ameaçar um dos moradores”, mas não cita que o síndico chamou a polícia e promoveu uma série de palavras racistas contra Lincoln e seus familiares, dizendo que são ‘pretos’, ‘favelados’, e que deviam estar no ‘chiqueiro por não saberem se comportar’.
Da mesma maneira, a família de Lincoln confeccionou B.O contra o síndico por injúria racial, ameaça, difamação e injúria. O Jornal em nenhum momento citou que existe um B.O em andamento de Lincoln e seus familiares pelo crime de racismo, que é considerado gravíssimo na Constituição Brasileira. E pela Lei de Racismo, torna o crime inafiançável e imprescritível.
O Portal também no início da matéria e sem motivo, cita que Lincoln é natural de Feu Rosa, um bairro considerado humilde do Espírito Santo, dando a entender que quem nasce no bairro, não tem o comportamento ideal para morar em um condomínio de luxo.
O Portal se preocupa em citar os nomes completos de Lincoln, do pai e da mãe, mas dos demais envolvidos não fez questão nenhuma. Qual seria o critério para esta decisão? Fazer o papel da Justiça?
O Jornal ainda direciona a palavra ‘acusado’ a Lincoln sem ao menos apurar devidamente, o que é um preceito básico do jornalismo. Trata-se de um termo circunstanciado e não de um processo judicial criminal, ao contrário do que o jornal quer fazer crer. Irresponsavelmente também, o Jornal Tempo Novo em nenhum momento procurou a assessoria do atleta para a devida posição sobre o ocorrido.
Lincoln e seus familiares não foram investigados, ouvidos ou considerados culpados, pois se trata de um Termo Circunstanciado de Ocorrência. E além disso, nesta terça-feira (13/09), o promotor do caso fez uma proposta de acordo com os familiares para encerrar o procedimento antes de oferecer a denúncia. Lincoln e seus familiares concordaram em pagar dois salários mínimos cada para arquivar o caso. Curiosamente, o fato também é citado de maneira indevida com o intuito de promover sensacionalismo.
O boletim de ocorrência por injúria racial segue em trâmite e o síndico será investigado em inquérito policial. Além deste processo, Lincoln e seus familiares também vão registrar um B.O contra o Jornal Tempo Novo por promover inverdades, calúnia e difamação.






