As deputadas Camila Valadão (PSOL) e Janete de Sá (PSB) subiram à tribuna da Assembleia Legislativa (Ales), durante os pronunciamentos da sessão ordinária desta segunda-feira (8), para destacar a mobilização nacional ocorrida no domingo (7) em diversas cidades brasileiras contra o feminicídio e a violência contra as mulheres.
Camila Valadão afirmou que os protestos, realizados também em Vitória, adotaram o lema “Mulheres vivas, mulheres livres”. Segundo a deputada, foram motivados pelo crescimento alarmante dos casos de feminicídio nas últimas semanas em todo o país. Para ela, o Brasil enfrenta uma verdadeira epidemia de violência contra as mulheres.
Atos e repercussão
Camila questionou o fato de ainda ser preciso reivindicar o direito das mulheres de viver e alertou para a frequência de relatos brutais. Segundo a deputada, é comum encontrar diariamente, na mídia e na imprensa, notícias sobre assassinatos motivados apenas pelo fato de as vítimas serem mulheres.
A parlamentar salientou que, mesmo sendo dia de descanso, milhares de pessoas foram às ruas em busca de políticas públicas e maior proteção. Entre as demandas, apontou o reforço das delegacias especializadas, principalmente no interior do Estado, e a regulamentação das plataformas digitais para combater o discurso de ódio e a misoginia.
Responsabilização e apelo por alianças
Foi defendida a responsabilização de quem difunde o ódio contra as mulheres, inclusive em tribunas parlamentares e nas redes sociais. Destacou-se que, em média, uma mulher é assassinada por dia no país, o que reflete esse ódio, e que a luta contra o feminicídio exige o envolvimento dos homens como aliados, pois o silêncio deles contribui para a continuidade das tragédias.
Na mesma direção, Janete de Sá expressou solidariedade às mulheres que participaram das manifestações e às famílias afetadas pela violência. A deputada explicou que não compareceu à mobilização devido a compromissos previamente agendados no interior do Estado, mas reiterou seu apoio à causa.
Janete manifestou apoio às mulheres que foram às ruas em defesa da vida, denunciando as violências, incluindo o feminicídio, cada vez mais cruéis e capazes de afastar mulheres do convívio familiar.
A parlamentar ressaltou a urgência de políticas públicas mais eficazes: tratou-se de uma luta pela vida das mulheres e, segundo ela, é imprescindível implementar medidas consistentes e unir esforços para romper com o ciclo de feminicídios que continua ceifando vidas no Espírito Santo e no Brasil.








