A área onde ocorreu a explosão na Voi Termoquímica, localizada em Paulista, São Mateus, no Norte do Espírito Santo, continua isolada. O Corpo de Bombeiros informou que a perícia foi realizada na quinta-feira (22), mas a finalização dos trabalhos depende da complexidade do incidente. O local permanece sob intervenção do Estado.
Tragicamente, um trabalhador de 19 anos, identificado como Lorran Marques da Conceição, perdeu a vida no acidente. Outra vítima, Kauã Felix Rocha, da mesma idade, sofreu queimaduras e foi transportado de helicóptero para o Hospital Estadual Dr. Jayme Santos Neves, na Serra.
Em nota, o Corpo de Bombeiros destacou que a área está isolada para garantir a integridade da cena do acidente e a eficácia da investigação. A presença de pessoas não autorizadas no local foi uma preocupação expressa pela corporação, que visa preservar os vestígios importantes para a apuração dos fatos.
As equipes envolvidas incluem o Corpo de Bombeiros, a Polícia Científica do Espírito Santo, a Polícia Militar e o Exército Brasileiro, todos comprometidos com a investigação e proteção do local do sinistro. A decisão de isolar a área foi tomada em conjunto para facilitar a coleta de provas e garantir um procedimento pericial adequado.
A Polícia Civil, por sua vez, informou que a investigação está a cargo da Delegacia Especializada de Infrações Penais e Outras (Dipo) de São Mateus, com detalhes não sendo divulgados no momento.
Survivente em estado crítico
Kauã, que se encontra na Unidade de Terapia Intensiva (UTI), é apoiado por familiares que fazem visitas frequentes ao hospital. Sua mãe, Raiane Nunes Felix, ainda aguarda atualizações sobre seu estado de saúde.
Lorran, uma das vítimas fatais, estava na empresa há aproximadamente um ano e meio e, conforme relatos de familiares, estava executando tarefas manuais no momento da explosão.
A responsabilidade pelo acidente
Um representante da Voi Termoquímica apontou “falha humana” como a possível causa da explosão, decorrente de um rompimento de gás. Ele reafirmou que tanto as vítimas do acidente possuem seguro de vida e que a empresa está prestando apoio às famílias afetadas.
O Conselho Regional de Engenharia e Agronomia do Espírito Santo (Crea-ES) solicitou a interdição da fábrica e anunciou que faria uma vistoria no local, a qual ainda não teve retorno divulgado.
A situação em São Mateus continua sendo monitorada pelas autoridades para garantir que a investigação prossiga e que medidas adequadas sejam tomadas para evitar futuras tragédias.