O recente episódio da aprovação do auxílio-alimentação para vereadores de Ibiraçu revela a importância da transparência e da participação popular nas decisões legislativas. A reação negativa da população foi determinante para que a proposta fosse rapidamente vetada, demonstrando que a voz do povo ainda é relevante.
Legisladores devem estar sempre atentos à vontade da comunidade que representam. Na sessão extraordinária realizada na terça-feira (27), os vereadores votaram a favor de um benefício que acarretaria um custo elevado, aproximando-se de R$ 300 mil em três anos. Cada um dos nove vereadores teria direito a R$ 1.067,55 mensais. Essa decisão, tomada sem ampla discussão, suscitou desconfiança e insatisfação.
A falta de clareza na condução da sessão também gerou desconforto. Até a segunda-feira (2), não havia informações disponíveis nos canais oficiais, o que prejudicou a transparência sobre um assunto de interesse público. Esse cenário ressalta a necessidade de maior abertura no processo legislativo.
É comum que decisões que favorecem interesses pessoais sejam tomadas nas câmaras municipais, mas o que verdadeiramente preocupa é a diminuição da indignação popular. Essa situação pode permitir que interesses egoístas prevaleçam em detrimento do bem coletivo.
Diante desse cenário, o recuo do presidente da Câmara Municipal, Breno do Salão (Podemos), é um passo importante. Ele reconheceu que o poder deve emanar da população e que a proposta não recebeu a discussão necessária. Essa atitude é um exemplo de humildade que deve ser valorizado.
Os vereadores ocupam seus cargos devido ao apoio da comunidade e devem sempre lembrar que têm a responsabilidade de ouvir e agir em favor do povo. É essencial que a voz da população continue a ter importância nas decisões que os afetam diretamente.