Duas médicas foram indiciadas por homicídio culposo após a morte do bebê Heitor Rossi de França, ocorrida no Hospital São Camilo, em Aracruz, no Espírito Santo. O incidente aconteceu no dia 28 de dezembro de 2024, aproximadamente uma hora após o nascimento da criança.
O caso
Os pais de Heitor relataram que as médicas insistiram na realização de um parto normal por mais de 12 horas. Mesmo após a gestante indicar que não possuía passagem adequada, um obstetra responsável pelo pré-natal havia recomendado uma cesariana. Durante o processo, um equipamento de sucção foi utilizado na tentativa de facilitar o parto.
Investigação e indiciamento
A Delegacia de Proteção à Criança e ao Adolescente (DPCAI) de Aracruz se encarregou da investigação, que resultou na finalização do inquérito e no indiciamento das médicas. A Polícia Civil esclareceu que não houve pedido de prisão preventiva, uma vez que os requisitos legais para tal não estavam presentes.
Possíveis desdobramentos
O Ministério Público do Espírito Santo (MPES) possui a opção de solicitar a prisão das médicas ou reclassificar o crime de homicídio culposo para homicídio doloso, caso se determine que houve intenção ou negligência significativa. O MPES aguarda a análise do inquérito para considerar as próximas medidas judiciais.
Reppercussão na sociedade
A morte do bebê Heitor gerou forte repercussão em Aracruz e levantou preocupações sobre a conduta médica no Hospital São Camilo. Os pais do recém-nascido não apenas registraram um boletim de ocorrência, mas também demandaram uma investigação rigorosa sobre o ocorrido, evidenciando a busca por justiça e esclarecimento.