Um trabalho da Universidade Federal do Espírito Santo (Ufes) recebeu o prêmio de primeiro lugar na categoria Pesquisa Científica na 23ª Jornada da Associação Brasileira de Radiologia Odontológica (Jabro), realizada em Ribeirão Preto (SP).
Esse é o principal evento da especialidade em nível nacional. O trabalho é intitulado Artefatos em halo em implantes: impacto dos filtros de CMOS, sigla em inglês para semicondutor de óxido metálico complementar, um tipo de sensor digital utilizado para a obtenção de radiografias odontológicas.
A pesquisa, resultado de um trabalho de iniciação científica desenvolvido entre 2020 e 2021, tem como autora principal Manuella Braga, egressa do curso de graduação em Odontologia da Ufes.
A apresentação na Jabro ficou por conta de Fernanda Coelho da Silva (foto), aluna de doutorado no Programa de Pós-Graduação em Radiologia Odontológica da Faculdade de Odontologia de Piracicaba (FOP/Unicamp), que segue no desenvolvimento da pesquisa em parceria com o Programa de Pós-Graduação em Ciências Odontológicas da Ufes (PPGCO/Ufes). Também participam da equipe Eduarda Bonadiman, aluna de mestrado do PPGCO/Ufes, e a professora Teresa Cristina Pereira, do Departamento de Clínica Odontológica da Ufes.
“Para nós, esse prêmio é um reconhecimento ao trabalho que vem sendo feito e contribui para a visibilidade ao PPGCO da Ufes, que é um dos aspectos avaliados pela Capes [Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior]”, afirma o professor do Departamento de Clínica Odontológica e coordenador do PPGCO/Ufes, Sergio Lins. Ele orientou a iniciação científica que resultou no trabalho premiado.
Segundo o professor, a pesquisa avaliou diferentes ferramentas utilizadas no melhoramento da imagem radiográfica de implantes dentários, os filtros. Eles modificam a radiografia digital de maneira semelhante aos filtros utilizados em aplicativos de edição de imagens e nas redes sociais, aumentando a nitidez das radiografias, por exemplo.
“Observamos que alguns filtros podem acrescentar um tipo de artefato às radiografias que pode simular uma falha na osseointegração dos implantes [capacidade do implante de se integrar ao osso]. Esse resultado é clinicamente importante porque o uso inadvertido de filtros pode resultar em um diagnóstico errôneo e intervenções desnecessárias”, explicou.
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