Atividade articulou a Educação para as Relações Étnico-Raciais com Matemática, Ciências da Natureza e Geografia, valorizando saberes quilombolas e a perspectiva da sustentabilidade.
Alunos do 2º ano do Ensino Médio da Escola Estadual de Ensino Fundamental e Médio Professora Filomena Quitiba, em Piúma, realizaram, em 1º de setembro, uma visita de campo à Comunidade Quilombola de Monte Alegre e à Reserva Florestal de Pacotuba, em Cachoeiro de Itapemirim. A iniciativa integrou o projeto “Saberes Ancestrais: Cultura, Ciência e Diversidade” e teve como objetivo aproximar a Educação para as Relações Étnico-Raciais dos conteúdos de Matemática, Ciências da Natureza e Geografia.
Atividades e vivências na comunidade
A programação incluiu uma recepção com apresentação sobre a história do quilombo e a visita a um espaço comunitário que abriga ferramentas, utensílios e fotografias antigas. Os estudantes também percorreram a Trilha das Árvores Centenárias, acompanhados por integrantes da comunidade. Durante o percurso, observaram espécies nativas, fauna silvestre e a relação cotidiana dos moradores com o território.
Culinária, arte e relações com a natureza
O almoço, servido na própria comunidade, trouxe pratos típicos da culinária rural e afro-brasileira, como feijoada e angu de banana verde com peixe. Durante as atividades, os alunos identificaram elementos geométricos no artesanato e nas pinturas locais, estabelecendo conexões entre formas e práticas sustentáveis. Nas aulas preparatórias para a Feira de Ciências da escola, produziram textos informativos e participaram de oficinas de pintura, integrando ciência, cultura e expressão artística.
A professora de Matemática, Luzimar Lorencini, considerou a experiência muito significativa: afirmou que a visita ao quilombo de Monte Alegre e à Floresta de Pacotuba proporcionou uma vivência ampla, unindo memórias, natureza e resiliência ancestral, além de reforçar a importância da família, o reconhecimento da cultura quilombola e a valorização da biodiversidade capixaba.
A estudante Ana Beatriz Monteiro ressaltou que a atividade foi além do formato tradicional de aula e constituiu uma imersão na cultura e na ancestralidade. Segundo ela, a trilha possibilitou contato direto com o meio ambiente, e os guias evidenciaram a convivência em harmonia entre a comunidade e a natureza, promovendo uma nova percepção sobre a vida, o território e a necessidade de preservação cultural.








