De acordo com o estudo, apenas 1% dos brasileiros entre 25 e 34 anos tem esse nível de formação, frente a uma média de 16% entre os países-membros.
A Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Econômico (OCDE) divulgou na terça-feira (9.set.2025) um relatório que coloca o Brasil em último lugar entre 40 países na proporção de jovens com mestrado. Só 1% dos brasileiros nessa faixa etária têm esse grau, enquanto a média entre os países-membros é de 16%.
O relatório Education at a glance (íntegra em inglês, PDF, 14 MB: íntegra) indica que Costa Rica, Indonésia e África do Sul compartilham com o Brasil a última colocação. No topo do ranking está Luxemburgo, com 39%, seguido por Polônia (31%), Eslováquia (29%) e Croácia (27%).
Segue o ranking:
Outros dados
Segundo a OCDE, em 2024 quase um quarto dos brasileiros de 18 a 24 anos não trabalhava, não estudava nem participava de treinamento, percentual superior à média da organização, que é de 14%.
Essa parcela diminuiu seis pontos percentuais, de 30% em 2019 para 24% em 2024. Há diferença marcada por gênero: em 2024, 29% das mulheres e 19% dos homens se encontravam nessa situação, enquanto nas demais economias da OCDE as taxas entre os sexos são semelhantes.
O Brasil apresentou forte avanço na matrícula em programas técnicos e profissionalizantes na última década: a proporção de estudantes do ensino médio inscritos nesses cursos passou de 8% para 14%.
No ensino superior, 25% dos alunos de cursos de bacharelado abandonam o curso após o primeiro ano. Três anos após o prazo previsto para conclusão, apenas 49% dos novos matriculados haviam terminado, contra 70% na média da OCDE.
A organização aponta que essas baixas taxas de retenção e de conclusão ajudam a explicar por que apenas 24% dos jovens de 25 a 34 anos têm ensino superior completo, pouco menos da metade da média da OCDE, de 49% (íntegra em inglês, PDF, 335 kB).
