O inglês tem ocupado um espaço de grande relevância na sociedade e deixou de ser um diferencial na hora de garantir uma vaga de emprego. Pesquisa de 2024 da Catho revela que quem tem o idioma pode ganhar remunerações maiores em 61%, se comparadas com as de candidatos que não possuem conhecimentos na língua. Neste sentido, existem muitas dúvidas sobre como conseguir aprender inglês e desenvolvê-lo de maneira eficaz, inclusive para o trabalho. Um dos questionamentos é: vale mais a pena se matricular em uma escola franqueada de idiomas ou contratar um professor particular?
Ambos têm suas vantagens e segundo uma pesquisa de 2024 da Preply, expressões como “curso de inglês”, “escola de inglês” e “conversação inglês” renderam 22% mais pesquisas de Norte a Sul do Brasil no começo de 2024. Nos últimos dois anos, as buscas on-line por cursos de idiomas tiveram um aumento de 50%.
As aulas particulares são uma opção atraente devido à personalização, e as escolas de inglês franqueadas oferecem uma série de vantagens para um aprendizado mais completo. No entanto, as escolas de inglês de franquia possuem um currículo estruturado, desenvolvido por especialistas em educação e linguística, mas focam em um método padrão, o que pode não se encaixar em todos os perfis de estudantes.
A fundadora da Save Me Teacher, plataforma que oferece cursos de Business English, Carla D’Elia, destaca que a escolha entre escola ou aula particular depende do objetivo do aluno e que escolas de inglês que não sejam de franquias também podem ser uma opção. “Depende muito da escola, do professor e do objetivo do estudante. Quem quer a personalização e atenção focada, as aulas particulares podem ser uma ótima ideia. Já escolas de línguas, principalmente as franquias, tendem a ter menos flexibilidade para personalização. Por isso as escolas de idiomas não franqueadas devem ser cogitadas na hora de escolher um método de aprender outra língua, inclusive o inglês”.
As escolas de idiomas têm se adaptado para atender melhor às necessidades dos alunos, desenvolvendo métodos inovadores que se diferenciam dos métodos tradicionais adotados pelas escolas de franquias, que já não contemplam os alunos que querem algo mais específico.
Por isso, Carla lista as maiores diferenças entre as escolas tradicionais de inglês e as que oferecem um estudo mais personalizado:
1. Metodologia de Ensino:
As escolas tradicionais de idiomas geralmente seguem uma abordagem conservadora, centrada na gramática e na memorização de vocabulário. O foco principal é em exercícios repetitivos e na aprendizagem das regras do idioma, muitas vezes de maneira descontextualizada.
O método usado na Save Me Teacher, por exemplo, adota uma abordagem comunicativa e prática desde o início. Utilizando situações reais e personalizadas, o ensino é adaptado às necessidades individuais de cada aluno. A metodologia é centrada no estudante, com ênfase na prática ativa do idioma em contextos cotidianos e profissionais.
2. Uso da Tecnologia:
O uso de tecnologia em escolas tradicionais pode ser limitado, com uma forte dependência de livros didáticos e materiais impressos. As aulas seguem um formato clássico, com pouca integração de ferramentas tecnológicas.
Fazer uso extensivo de tecnologias modernas, incluindo plataformas de aprendizado online, aplicativos móveis e inteligência artificial pode ajudar de forma significativa no aprendizado. Estas ferramentas permitem personalizar o ensino, oferecendo uma experiência de ensino flexível e acessível, disponível a qualquer hora e em qualquer lugar.
3. Feedback e Avaliação:
O feedback em escolas tradicionais é frequentemente limitado a testes e exames periódicos. A avaliação é mais formal e pode não fornecer um retrato contínuo do progresso do aluno.
O ideal são avaliações contínuas com feedback instantâneo. Utilizando ferramentas digitais, os professores podem monitorar o progresso em tempo real e ajustar o ensino conforme necessário. Isso garante um acompanhamento mais preciso e personalizado do desenvolvimento de cada aluno.
4. Desenvolvimento de Competências:
O foco em escolas tradicionais é frequentemente restrito ao desenvolvimento de competências linguísticas básicas, com menos atenção às habilidades práticas de comunicação e uso do idioma em situações reais, como no trabalho, seja em calls, e-mails em inglês ou negociações.