5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Projeto de minerais críticos em Minas Gerais prevê margem de 60% e atrai investidores

A mineradora australiana St George Mining afirmou que o Projeto Araxá, em Minas Gerais, deverá gerar um EBITDA (lucro antes de juros, impostos, depreciação e amortização) de cerca de US$ 130 milhões por ano, com margens superiores a 60%.

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As projeções, divulgadas em relatório ao mercado, reforçaram o otimismo dos investidores com o avanço do empreendimento, que concentra uma das maiores reservas de nióbio e de terras raras da América do Sul.

Com previsão de início das operações até 2027, o projeto está situado ao lado das instalações da CBMM (Companhia Brasileira de Metalurgia e Mineração), a maior produtora mundial de nióbio, responsável por cerca de 80% da oferta global.

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A St George entende que o posicionamento estratégico, os baixos custos de extração e a infraestrutura já existente na região assegurarão elevada rentabilidade e retorno acelerado do investimento.

Além do nióbio, o empreendimento abriga depósitos de terras raras de alto teor, com destaque para neodímio e praseodímio, minerais essenciais para ímãs permanentes usados em turbinas eólicas, motores elétricos e equipamentos de alta tecnologia.

A companhia projeta que o nióbio será o principal produto na fase inicial, com foco no mercado global de aço e, posteriormente, no segmento de baterias.

Um estudo de escopo deve ser divulgado em 2025, detalhando custos, cronograma e capacidade produtiva, etapa que precede o estudo de viabilidade bancária.

Em setembro, a mineradora confirmou uma nova descoberta significativa de terras raras de alto teor e nióbio no Projeto Araxá, adquirido pela empresa em fevereiro de 2025. Após o anúncio, as ações chegaram a subir até 23,1%, alcançando 0,096 dólar australiano, o maior valor desde maio de 2021.

Depois da descoberta, a companhia anunciou a captação de A$ 72,5 milhões (cerca de R$ 254 milhões) para desenvolver o Projeto Araxá e construir uma planta-piloto (versão reduzida de uma fábrica usada para testes) dedicada ao processamento de nióbio e terras raras.

No momento, a área ainda não realiza mineração e refino em larga escala.

A St George Mining está preparando o projeto para chegar à Decisão Final de Investimento, momento em que a empresa confirma oficialmente a construção da mina e da infraestrutura de processamento.

A empresa ainda precisa obter licenças ambientais e autorizações de operação e finalizar o projeto técnico da mina, exigências obrigatórias antes do início da produção comercial.

Interesse dos EUA

Os Estados Unidos estão entre os potenciais destinos dos minérios produzidos pela companhia.

No final de outubro, o encarregado de Negócios dos EUA no Brasil, Gabriel Escobar, reuniu-se com representantes da empresa para tratar do avanço do projeto e de possíveis parcerias comerciais.

O presidente da empresa, John Prineas, afirmou que, além de contribuir para as cadeias de suprimento domésticas, o Projeto Araxá está em posição favorável para apoiar novas e resilientes cadeias demandadas por Estados Unidos e pela União Europeia. Segundo ele, foram mantidas conversas com várias dessas partes durante a conferência de mineração, incluindo representantes dos governos dos EUA e da UE.

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