13 de dezembro de 2025
sábado, 13 de dezembro de 2025

Brasileiros não resgatam até R$ 50 mil de parentes mortos

A dor de perder um parente próximo pode afetar também as finanças da família. Diante da partida de um ente querido, muitas famílias brasileiras deixam de resgatar valores que variam entre R$ 10 mil e R$ 50 mil em benefícios aos quais a pessoa falecida tinha direito. Esses dados foram divulgados pela Planeje Bem, plataforma especializada em planejamento sucessório e apoio pós-perda.

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De acordo com Carolina Aparício, diretora executiva e fundadora da Planeje Bem, esse problema ocorre principalmente devido ao desconhecimento sobre direitos financeiros e sociais em nome da pessoa falecida, conhecidos como “ativos invisíveis”. Ao luto e à burocracia, soma-se a falta de orientação financeira, o que faz com que as famílias esqueçam de buscar esses valores.

“É comum que as pessoas imaginem que todos os bens passem obrigatoriamente por inventário, mas muitos ativos podem ser resgatados de forma simples, desde que se saiba onde e como buscar. Muitos desses valores são esquecidos porque não há orientação clara nesse momento delicado”, explica Carolina.

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Entre os ativos mais esquecidos pelas famílias, destacam-se:

  1. Indenização do Seguro Obrigatório DPVAT por acidente ou morte: 40% dos casos
  2. Benefícios trabalhistas como FGTS, PIS/Pasep e salários: 25% a 30%
  3. Contas bancárias e investimentos: 25%
  4. Seguros de vida e acidentes pessoais: 20%
  5. Previdência privada (PGBL/VGBL): 20%
  6. Pensão por morte do INSS: 10%

Benefícios menos conhecidos

Além desses, existem outros direitos menos divulgados que também costumam ser negligenciados:

  1. Auxílio-funeral oferecido por bancos e operadoras de cartão (valores entre R$ 2 mil e R$ 5 mil)
  2. Milhas aéreas não transferidas (podem representar perdas de até R$ 4 mil)
  3. Saldo em carteiras digitais e benefícios vinculados a cartões

Segundo a Planeje Bem, muitos desses recursos podem ser resgatados sem necessidade de inventário, desde que atendidos os prazos legais. A maioria das consultas pode ser feita online, mas requer agilidade para não perder os prazos.

Quem mais esquece?

O perfil dos que mais deixam de resgatar esses benefícios inclui:

  • Homens (65%-70% dos casos), principalmente na faixa de 25 a 45 anos
  • Parentes que não tinham participação ativa na gestão financeira do falecido, como sobrinhos, filhos ou netos

Por que os benefícios são esquecidos?

No caso do DPVAT, o esquecimento ocorre muitas vezes pelo impacto emocional da morte súbita em acidentes. “A natureza inesperada dessas situações e o luto intenso fazem com que as famílias adiem a busca por esses direitos”, explica Carolina.

Sobre os benefícios trabalhistas, a diretora afirma que os herdeiros podem resgatar os valores sem esperar pelo inventário, desde que estejam em acordo. “Com um alvará judicial simples, já é possível fazer o pedido em muitos casos”, destaca.

Quanto às contas bancárias, o Sistema de Valores a Receber do Banco Central tem ajudado, mas muitos esquecimentos ocorrem porque o próprio falecido não havia atualizado seus beneficiários ou mencionado esses bens à família.

Para evitar esses problemas, Carolina recomenda que as pessoas conversem com seus familiares sobre seus bens e façam um planejamento sucessório. “Conversar sobre esses assuntos não é tabu. É uma forma de prevenir problemas futuros”, conclui.

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