13 de dezembro de 2025
sábado, 13 de dezembro de 2025

Brasil precisa de mais potência e flexibilidade no sistema elétrico

A Abrage (Associação Brasileira das Empresas Geradoras de Energia Elétrica) alerta para um risco crescente de insegurança no fornecimento de energia no país a partir de 2026, causado pela falta de potência disponível e flexibilidade no sistema elétrico.

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Em entrevista à CNN, a presidente da entidade, Marisete Pereira, citou um relatório do ONS (Operador Nacional do Sistema Elétrico) que aponta para uma possível violação dos critérios de segurança já no curto prazo, com necessidade mínima de 5 gigawatts adicionais para atender à demanda.

Segundo a dirigente, a expansão acelerada de fontes intermitentes, como solar e eólica, exige mais recursos capazes de responder de forma imediata à variação na geração.

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Adaptação do sistema elétrico

Entre 10h e 15h, há pico de produção solar. Mas, a partir daí, a irradiação e o vento caem, e é preciso acionar hidrelétricas.

A solução defendida pela Abrage é a realização de um novo Leilão de Reserva de Capacidade na Forma de Potência — mecanismo que remunera usinas para ficarem de prontidão e gerarem energia em momentos críticos.

Novo modelo de leilão

Diferente dos leilões tradicionais, que compram energia ao longo do tempo, esse modelo busca garantir potência disponível para evitar apagões.

O Ministério de Minas e Energia deve publicar até o fim de agosto a portaria com as novas regras, abrindo consulta pública antes do certame. A Abrage diz que, de acordo com declarações recentes do ministro Alexandre Silveira, a disputa deve ocorrer no primeiro trimestre de 2026.

Marisete afirma que as hidrelétricas já estão prontas para participar.

Infraestrutura disponível

Temos 5,5 gigas cadastrados junto à Empresa de Pesquisa Energética, com licenciamento ambiental, projeto básico aprovado pela Aneel e outorga de uso da água pela ANA. Em alguns casos, já existem até pré-contratos fornecimento dos equipamentos.

Controvérsias e ajustes

O primeiro edital do leilão, previsto para 2025, foi suspenso após forte judicialização movida pelos participantes contra as diretrizes definidas pelo governo. A Abrage afirma não ter contestado as regras, mas pediu a inclusão de um produto adicional hidrelétrico para 2029, já que o produto previsto para o ano contemplava apenas termelétricas.

A dirigente critica os subsídios a fontes incentivadas, defendendo um mercado mais equilibrado. Ela cita as medidas provisórias de reforma do setor elétrico, que estabelecem um teto para benefícios custeados pela CDE (Conta de Desenvolvimento Energético), mas pondera que ainda há distorções.

Equilíbrio na matriz energética

Hoje, fontes que entregam apenas energia recebem incentivos, enquanto hidrelétricas, que oferecem todos os serviços ao sistema, não têm subsídio e ainda pagam royalties pelo uso do bem público.

Como solução para o alto grau e intermitência da matriz de energia elétrica brasileira, a Abrage defende investimentos em usinas reversíveis e no uso de baterias como solução de curto prazo.

O Brasil tem potencial e recursos naturais abundantes, mas não aproveita de forma equilibrada. Isso gera cortes de geração e penaliza o consumidor.

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