A presidente do Novo Banco de Desenvolvimento (NDB), Dilma Rousseff, destacou durante a décima Reunião Anual do NDB que o mercado internacional tem se diversificado com mais transações em moedas locais.
Ela afirmou que essa diversificação não representa uma desdolarização da economia ou uma substituição do dólar no comércio global.
Discussões no Brics
Durante o evento, Dilma foi questionada sobre a possibilidade de os países do Brics substituírem o dólar como moeda principal nas transações comerciais.
O presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, criticou a ideia e ameaçou taxar em 100% as importações dos países que adotassem essa medida.
“Hoje não tem ninguém querendo assumir o lugar dos Estados Unidos”, comentou a presidente do NDB. Ela ressaltou que muitos países estão escolhendo usar suas moedas para o comércio, mas não há sinais claros de desdolarização.
Decisões do Mercado
De acordo com Dilma, o mercado busca diversificação, mas ainda permanece dolarizado. As decisões sobre essas mudanças vêm do mercado financeiro internacional e não do banco.
Novos Membros do NDB
O NDB, criado em 2015, visa mobilizar recursos para projetos de desenvolvimento sustentável. Dilma anunciou a entrada de Uzbequistão e Colômbia como novos membros, totalizando 11 membros.
Prioridades de Investimento
Desde sua criação, o NDB aprovou 122 projetos, somando cerca de US$ 40 bilhões. No Brasil, 29 projetos foram aprovados, totalizando US$ 7 bilhões. Dilma frisou a importância de financiar inovação e tecnologia para que os países possam desenvolver tecnologias próprias.
Armazenamento de Energia
Rousseff reforçou a importância de investir em energias renováveis, como eólica e solar. Ela relembrou quando afirmou que era necessário armazenar ventos e Sol, algo agora visto como essencial para a transição energética.
O Papel dos Brics
O Brics, formado pelo Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul, juntamente com outros países-parceiros, representa uma significativa fatia da economia global. A próxima Reunião de Cúpula do Brics ocorre no Rio de Janeiro, destacando sua importância no cenário mundial, representando 39% da economia global e 23% do comércio internacional.