O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, ressaltou a importância de uma reglobalização sustentável durante seu discurso na Reunião de Ministros de Finanças e Presidentes de Banco Centrais do Brics. Ele propôs uma nova abordagem para a globalização que prioriza o desenvolvimento social, econômico e ambiental global.
Haddad apoiou a criação de uma Convenção-Quadro das Nações Unidas para Cooperação Internacional em Matéria Tributária, promovendo um sistema tributário global que seja inclusivo, justo e eficaz, instando que os super-ricos contribuam adequadamente com impostos.
O Papel do Brics
De acordo com Haddad, o Brics surgiu para dar voz a países com influência no cenário financeiro global, representando quase metade da população mundial, tornando-o um foro legítimo para promover uma nova forma de globalização. Ele relembrou a liderança do Brasil no G20, destacando iniciativas contra a fome e a pobreza e defendendo a tributação progressiva dos super-ricos.
Cooperação Global e Desafios Contemporâneos
Haddad enfatizou que poucos países podem, individualmente, enfrentar desafios como o aquecimento global. A moralmente inaceitável ideia de criar ilhas de prosperidade em um mundo em crise reforça a necessidade de soluções cooperativas.
Esforços para Combater a Crise Climática
O ministro destacou os esforços dos países do Brics no desenvolvimento de instrumentos e inovações para a transformação ecológica, com particular atenção para o Fundo Florestas Tropicais para Sempre, que visa fomentar economias de baixo carbono. Haddad espera que o Brics assuma um papel crucial na sua promoção, especialmente durante a COP 30.
Sobre o Brics
O Brics inclui 11 países membros permanentes, como Brasil, Rússia, Índia, China, e outros. A 17ª Reunião de Cúpula do Brics ocorreu sob a presidência brasileira no Rio de Janeiro, representando 39% da economia global e 48,5% da população mundial. Em 2024, o comércio com os países do Brics foi significativo, refletindo a importância econômica do bloco.