Entidades e empresários ligados à Fiep (Federação das Indústrias do Paraná) participaram de uma reunião com representantes do governo para discutir a taxação de 50% aplicada a produtos brasileiros pelos Estados Unidos. Esta medida está prevista para entrar em vigor no início de agosto e já está causando cancelamento de contratos, afetando negativamente as exportações.
Durante o encontro em Curitiba, um ofício foi entregue ao secretário de Estado da Fazenda, Norberto Ortigara, ressaltando os impactos na economia local e sugerindo ações para minimizar prejuízos e auxiliar as empresas afetadas.
Mais de 30 empresários e representantes de sindicatos industriais participaram.
Impacto nas exportações
O documento indica que em 2024, o Paraná exportou cerca de US$ 1,58 bilhão para os EUA, com 75% dessas exportações oriundas de setores como madeira, móveis, carnes, e outros. Esses setores são responsáveis por mais de 620 mil empregos.
De acordo com a Fiep, os efeitos econômicos já estão sendo sentidos devido à decisão do governo Trump, com queda nos preços de commodities como carne, café e laranja.
Medidas emergenciais propostas
Algumas indústrias estão optando por férias coletivas enquanto a Fiep propõe que o governo tome medidas como:
- Liberar saldos de crédito de ICMS;
- Reduzir as alíquotas tributárias de 80% para 50%;
- Criar linhas de crédito específicas com juros subsidiados, como sugerido pelo ministro Fernando Haddad;
- Adiar parcelas de financiamentos do Fomento Paraná e do Bradesco;
- Suspender fiscalizações e sanções em projetos do Programa Paraná Competitivo.
A federação solicita que o governo estadual pressione o governo federal por um adiamento das tarifas por 90 dias e que defenda um novo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.
Paulo Roberto Pupo, do Conselho Temático de Negócios Internacionais da Fiep, destacou a importância da preservação de empregos e a necessidade de apoio governamental.
Resposta do governo
O secretário Norberto Ortigara demonstrou abertura para adotar as sugestões, afirmando que irão considerar as medidas nos próximos dias, destacando a importância de um planejamento cuidadoso para o sucesso das negociações brasileiras.






