A presidente da Petrobras, Magda Chambriard, afirmou que ainda é prematuro considerar mudanças nos preços dos combustíveis em decorrência dos conflitos entre Israel e Irã no Oriente Médio, uma região crítica para a produção global de petróleo e gás.
A importância do Oriente Médio para o petróleo
Chambriard destacou que o cenário atual é recente e que a Petrobras evita movimentos abruptos em relação aos preços dos combustíveis. Mudanças são implementadas apenas quando há identificação de tendências significativas. “Não queremos trazer a instabilidade e a volatilidade do sistema de precificação internacional para o Brasil”, afirmou.
Os mercados globais estão preocupados com a possibilidade de que o conflito possa afetar a navegação no Estreito de Ormuz, onde transita cerca de 21 milhões de barris de petróleo por dia, representando aproximadamente 21% do consumo mundial, segundo dados da Administração de Informação de Energia dos Estados Unidos.
Avaliações sobre potenciais impactos
Claudio Schlosser, diretor de logística, comercialização e mercados da Petrobras, não vê riscos significativos para a empresa caso ocorra alguma alteração na navegação do estreito. Ele ressaltou que, historicamente, fechamentos nesta região são raros. No entanto, podem ocorrer restrições temporárias. Schlosser mencionou que aliados do Irã, como Catar e Kuwait, também utilizam essa via para escoar petróleo.
Exploração na Margem Equatorial
Durante coletiva de imprensa no Rio de Janeiro, Magda Chambriard foi questionada sobre o processo de exploração de petróleo na Margem Equatorial. Ela afirmou que a Petrobras está cumprindo todas as exigências do Ibama e que o último procedimento formal deverá ocorrer em breve. A sonda para a operação se movimenta e fará uma pausa no Ceará antes de seguir para a Margem Equatorial para as devidas vistorias.
Resultados em leilões de exploração
A Petrobras se destacou no leilão realizado pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP), onde arrematou dez blocos na Bacia Foz do Amazonas e três na Bacia de Pelotas, totalizando um investimento de R$ 139 milhões. Outras empresas também adquiriram 21 blocos nas bacias do Parecis, Foz do Amazonas, Santos e Pelotas, gerando um total de mais de R$ 989 milhões em aquisições, com previsão de investimento mínimo de R$ 1,45 bilhão na fase de exploração.