A Moody’s Ratings rebaixou, na última sexta-feira, os ratings de emissor de longo prazo e sênior sem garantia dos Estados Unidos, passando de ‘Aaa’ para ‘Aa1’, e alterou a perspectiva de negativa para estável. Este movimento foi motivado pelo aumento da dívida governamental e dos índices de pagamento de juros, que superam significativamente os níveis de outros países com classificação semelhante.
Consequências do rebaixamento
A agência de classificação destaca que sucessivas administrações e o Congresso não conseguiram implementar medidas efetivas para conter os crescentes déficits fiscais anuais e os custos de juros. A Moody’s expressa ceticismo sobre a possibilidade de que as propostas atuais levem a reduções significativas nos gastos obrigatórios e nos déficits.
Previsões para a próxima década
Nos próximos anos, a Moody’s projeta déficits ainda maiores, impulsionados pelo aumento dos gastos com direitos enquanto a receita do governo permanece estável. A expectativa é que o ônus da dívida federal dos EUA alcance cerca de 134% do PIB até 2035, em comparação com 98% em 2024. Apesar da desaceleração no curto prazo, o crescimento do PIB americano deve continuar, não sendo impactado de forma significativa pelas tarifas.
Pontos fortes de crédito
A perspectiva estável reflete os sólidos pontos fortes de crédito, como o fato de o dólar ser a moeda reserve dominante. Além disso, a Moody’s acredita que o país deverá manter seu histórico de políticas monetárias eficazes, em grande parte devido à independência do Federal Reserve.
Os tetos de longo prazo em moeda local e estrangeira dos Estados Unidos permanecem com a classificação ‘Aaa’.