O Brasil apresentou, em 2024, um aumento significativo de 10,76% na capacidade instalada de usinas eólicas, totalizando 33,7 gigawatts (GW) em dezembro. Essa expansão resultou em 1.103 parques eólicos em operação, superando os 30,45 GW do ano anterior, conforme informações da Abeeólica, a associação responsável por monitorar o setor.
Desaceleração da capacidade eólica
Embora tenha havido crescimento, a Abeeólica destaca uma desaceleração histórica na adição de nova capacidade eólica. Em 2023, foram instalados 4,8 GW com 123 novas usinas, enquanto em 2024 esse número caiu para 3,3 GW, originados de 76 parques eólicos.
Investimentos no setor
No que diz respeito aos investimentos, o setor eólico atraiu R$ 10,1 bilhões em 2024, representando 8% dos investimentos em energias renováveis no Brasil. Este é o menor percentual desde 2015, de acordo com dados que incluem também energia solar, biomassa, PCHs e biocombustíveis.
Perspectivas futuras
A presidente da Abeeólica, Élbia Gannoum, avaliou 2024 como o ano mais desafiador para a indústria eólica. Ela resaltou os impactos de uma crise setorial que começou no final de 2023, resultando em uma redução nos contratos. Apesar dos desafios, Gannoum manifesta uma visão otimista, apontando para uma transição energética que pode favorecer o setor no médio e longo prazo.
Ranking global
Apesar da desaceleração, o Brasil subiu uma posição no ranking mundial de capacidade instalada em energia eólica onshore, alcançando o quinto lugar em 2024. O país fica atrás de potências como China (478,8 GW), EUA (154,1 GW), Alemanha (63,7 GW) e Índia (48,2 GW). Globalmente, a capacidade eólica soma 1.052 GW, com 109 GW adicionados apenas no último ano.