16 de junho de 2025
segunda-feira, 16 de junho de 2025

Dívida apresenta maior risco

O investidor bilionário Ray Dalio, fundador do Bridgewater Associates, destacou que o recente rebaixamento da nota de crédito dos Estados Unidos pela Moody’s é apenas uma fração dos riscos enfrentados por quem possui títulos públicos. Para Dalio, a maior ameaça não é abordada pelas agências de rating: a possibilidade de o governo americano recorrer à impressão de dinheiro para saldar suas dívidas.

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A perspectiva de Dalio enfatiza que as agências subestimam os riscos de crédito, pois analisam apenas a probabilidade de o governo não honrar seus compromissos. “Para quem se preocupa com o valor do seu dinheiro, os riscos associados à dívida americana são mais profundos do que as agências comunicam”, afirmou Dalio em uma postagem na plataforma X.

A Moody’s rebaixou a nota dos EUA de AAA para Aa1 na semana passada, citando o crescente desequilíbrio fiscal e o aumento da dívida nacional. Este foi o último movimento entre as três principais agências que retiraram a classificação máxima dos títulos soberanos dos Estados Unidos.

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Risco de inadimplência

Embora o rebaixamento possa levantar preocupações, Dalio argumenta que o risco de inadimplência atual é improvável e menos relevante do que o potencial impacto da expansão da base monetária sobre o valor real dos rendimentos. Ele alertou que não se considera o maior risco, que é a possibilidade de países endividados imprimirem dinheiro, levando a perdas para os detentores de títulos devido à desvalorização da moeda.

Imprimir dólares para cobrir déficits eleva a oferta monetária e pressiona a inflação, o que resulta em uma diminuição do poder de compra dos rendimentos obtidos com os títulos.

Contexto fiscal

A análise de Dalio ocorre em meio ao debate sobre o novo orçamento no Congresso dos Estados Unidos. Segundo a Moody’s, as propostas em discussão não devem resultar em cortes significativos nas despesas obrigatórias nem na trajetória dos déficits, comprometendo a sustentabilidade fiscal a longo prazo.

Após o rebaixamento, os juros dos Treasuries de 30 anos ultrapassaram 5%, um patamar que não era visto desde 2018, quando o então presidente Donald Trump anunciou tarifas retaliatórias, resultando em uma onda de vendas no mercado.

Dalio já criticou anteriormente o impacto das políticas tarifárias na percepção de confiabilidade dos Estados Unidos. Em agosto, ele alertou que o clima de incerteza e os riscos nos mercados estavam traumatizando os investidores e corroendo a reputação do país como um porto seguro financeiro.


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Leticia Aguiar

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