A Advocacia-Geral da União (AGU) solicitou à Justiça Federal o bloqueio de bens de mais 14 investigados, incluindo seis empresas e oito pessoas, em uma nova fase das investigações sobre fraudes no Instituto Nacional do Seguro Social (INSS). Este pedido ocorreu após a identificação de irregularidades nos descontos aplicados a benefícios de aposentados e pensionistas.
Motivações e Ações da AGU
A medida foi impulsionada pela Controladoria-Geral da União (CGU), que identificou a necessidade de ampliar a lista de investigados. Segundo a Lei nº 12.846/2013, a AGU também requisitou a suspensão das atividades financeiras e o sigilo bancário e fiscal dos envolvidos. Essas ações visam fortalecer a integridade dos processos contra práticas ilícitas.
Acusações e Valores Envolvidos
As empresas e seus sócios estão sendo investigados por intermediações em pagamentos de vantagens indevidas a agentes públicos associados ao INSS. A AGU estima que os repasses irregulares possam chegar a R$ 23,8 milhões, revelando indícios substanciais de um esquema complexo de corrupção. A documentação inclui detalhes sobre a intermediação de valores e os mecanismos utilizados para realizar os descontos fraudulentos.
Justificativa para o Bloqueio
A AGU argumenta que as empresas foram utilizadas como ferramentas para práticas ilegais, servindo de meio para a captura de vantagens a partir de recursos indevidamente extraídos dos benefícios previdenciários. No caso de agentes públicos mencionados na Operação Sem Desconto, um procedimento preparatório foi instaurado para eventual ação por improbidade administrativa.
Ação Cautelar
Na petição inicial da ação cautelar, a AGU já havia solicitado o bloqueio de R$ 2,56 bilhões em bens móveis e imóveis, além da quebra de sigilos de 12 entidades e seus dirigentes. Este movimento reflete o compromisso da AGU em combater fraudes e assegurar a correta administração dos recursos públicos.
As investigações seguem, com foco em garantir a justiça e a reparação dos danos causados aos beneficiários do INSS.