1 de junho de 2025
domingo, 1 de junho de 2025

Modelo para o funding imobiliário: entenda as discussões atuais

A discussão em torno de um novo modelo de funding para o crédito imobiliário no Brasil está em pauta. O governo busca alternativas que reduzam a dependência dos depósitos da poupança, promovendo uma captação de recursos mais robusta no mercado. O objetivo é garantir uma maior disponibilidade de financiamento para o setor, embora a questão do custo do crédito permaneça um desafio.

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Mudanças Necessárias no Modelo de Funding

Recentemente, o presidente do Banco Central, Gabriel Galípolo, destacou a importância de migrar para um modelo mais alinhado ao mercado na Comissão de Assuntos Econômicos. A necessidade de uma nova abordagem é evidente, dado que o Brasil carece de um mercado secundário sólido para o crédito imobiliário, resultando em pressões sobre os balanços dos bancos.

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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, também enfatizou a importancia de encontrar uma solução viável, ressaltando que o governo está ciente das demandas do setor. O Banco Central está em diálogo com associações e instituições financeiras para explorar novas alternativas e ajustes que possam reduzir custos e facilitar o acesso ao crédito.

O Cenário Atual do Funding Imobiliário

O funding imobiliário, crucial para financiar investimentos no setor, tem visto alterações significativas. Segundo dados recentes da Associação Brasileira das Entidades de Crédito Imobiliário e Poupança, a participação da poupança na captação de recursos caiu de 38% em 2023 para 31% em 2025. Isso se dá em meio à redução do apelo da poupança devido a sua baixa rentabilidade frente à alta nas taxas de juros.

As fontes de funding têm se diversificado, com a composição atual incluindo 26% do FGTS, 18% de Letras de Crédito Imobiliário (LCIs) e 11% de Fundos de Investimento Imobiliário (FIIs). Essa diversificação é vista como essencial para atender à demanda crescente do mercado imobiliário.

Propostas em Debate

Especialistas sugerem que uma abordagem multifacetada pode ser a solução para os desafios enfrentados. Algumas propostas incluem direcionar recursos da poupança para financiamentos de longo prazo, enquanto operações mais curtas permaneçam no mercado de capitais. Além disso, a reintegração da liquidez das LCIs ao prazo de três meses é debatida como uma maneira de melhorar a atratividade desses instrumentos.

Os Certificados de Recebíveis Imobiliários (CRIs) estão se consolidando como uma alternativa viável, com as mudanças nas regras promovendo uma maior emissão e diversificação das fontes de recursos. A combinação de instrumentos do mercado de capitais e linhas de crédito tradicionais é vista como uma tendência futura.

A discussão sobre o novo modelo de funding para o crédito imobiliário é crucial e pode impactar significativamente o mercado. A busca por soluções eficazes continua, refletindo a necessidade de adaptabilidade frente a um cenário em constante evolução.

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Ulisses Mantovani

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