O Conselho Monetário Nacional (CMN) recentemente aprovou uma resolução que ajusta as normas para financiamentos do programa Eco Invest, focado em promover investimentos sustentáveis. Essa iniciativa visa fortalecer o acesso a capital para projetos que priorizam a sustentabilidade e a proteção ambiental.
Aprimoramento da linha de financiamento
Uma das principais mudanças é a melhoria da linha de financiamento parcial de “blended finance”, que combina recursos públicos e privados. Essa abordagem inovadora permite a diversificação de riscos, facilitando o acesso a investidores, inclusive pessoas físicas, e ampliando a captação junto a fundos catalíticos tanto nacionais quanto internacionais.
Inclusão de novas operações
As novas regras também autorizam que a oferta desses financiamentos seja potencializada por meio da aquisição de cotas de fundos de investimento. Além disso, a inclusão de operações de securitização irá fortalecer a mobilização de capital no mercado, aumentando o potencial de investimento em projetos sustentáveis.
Reinvestimento obrigatório
Outra implementação significativa será a obrigatoriedade de reinvestimento dos recursos retornados, o que promete ampliar ainda mais o alcance e o impacto dos financiamentos públicos. Essa medida visa garantir que os recursos sejam continuamente direcionados para iniciativas sustentáveis.
Regulamentação de projetos inovadores
Além dessas mudanças, a regulamentação da linha de estruturação de projetos permitirá a realização de leilões destinados à preparação técnica e financeira de projetos inovadores. Essa etapa é crucial para atrair investimentos em larga escala, suprindo uma lacuna importante no desenvolvimento de iniciativas voltadas para a sustentabilidade.
O programa Eco Invest, lançado no ano passado pelo governo brasileiro, busca mobilizar capital privado para projetos verdes por meio de linhas de financiamento que oferecem proteção contra a volatilidade cambial. O primeiro leilão desse programa ocorreu em outubro do ano passado, sinalizando um passo importante na promoção de alternativas financeiras sustentáveis.
O CMN, que é composto pelo ministro da Fazenda, presidente do Banco Central e ministra do Planejamento e Orçamento, continua a trabalhar em ações que fomentem o investimento em setores que promovem a sustentabilidade e a inovação no país.