terça-feira, 14 de janeiro de 2025

Bradesco prevê alta de 7,2% na inflação de alimentos

O Bradesco projeta uma inflação de alimentos em torno de 7,2% para o ano de 2025. Essa estimativa leva em consideração fatores de mercado, como a queda nos abates de proteínas e as condições climáticas que estão se mostrando mais favoráveis à agricultura.

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Inflação de alimentos e o cenário econômico

Em um relatório assinado pela analista Mariana Freitas, o departamento de pesquisas econômicas do banco observa que a alimentação em domicílio foi o principal responsável pelos resultados inflacionários registrados no ano anterior. O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de 2024 fechou em 4,8%, uma taxa acima da previsão inicial de 3,6%, que considerava uma desaceleração da economia e um possível fortalecimento do real.

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As causas da inflação elevada

A resiliência da atividade econômica e a depreciação de 27% da moeda brasileira influenciaram a alta da inflação. Além disso, choques climáticos impactaram as lavouras, levando a um aumento nas tarifas de energia elétrica e contribuindo para a deterioração das expectativas econômicas, como ressaltado pela analista do Bradesco.

Projeções para 2025

Para 2025, o Bradesco espera que o impacto residual do choque cambial continue a pressionar os núcleos inflacionários, especialmente no primeiro trimestre. Contudo, a instituição acredita que, mantendo um cenário climático em neutralidade e considerando a restrição monetária significativa, com juros reais que podem alcançar cerca de 10%, poderá haver uma desaceleração do crescimento, resultando em uma possível redução da inflação.

Expectativas para o setor de energia e combustíveis

O mercado de energia elétrica e combustíveis apresenta incertezas, segundo as análises do Bradesco. O banco não prevê, no momento, reajustes nos preços dos combustíveis, mas a diferença entre os preços internos e externos da gasolina e do diesel gera incertezas para o comportamento desses preços no curto prazo. Quanto à energia elétrica, a expectativa é de um reajuste médio de cerca de 3%, sem previsão de impactos de bandeiras tarifárias.

Com essas projeções, o Bradesco fornece um panorama detalhado sobre a inflação de alimentos e os fatores que podem interferir na economia nos próximos anos, ajudando a informar decisões de consumidores e investidores.


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Equipe de jornalismo

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