Trabalhadores chineses foram resgatados recentemente de uma situação análoga à escravidão em uma obra de construção da montadora de carros na Bahia. O Ministério Público do Trabalho (MPT) identificou diversas irregularidades que configuram condições de exploração.
Os trabalhadores enfrentaram dificuldades severas, incluindo a retenção de seus passaportes, o que impediu a sua mobilidade e retorno à China. Além disso, os relatos apontam para práticas de trabalho forçado, onde os funcionários eram obrigados a pagar uma caução. Essa medida implicava na retenção de 60% de seus salários, resultando em um recebimento de apenas 40% do valor total em moeda chinesa.
Os trabalhadores também enfrentaram ônus excessivo em caso de rescisão contratual. Essas condições adversas implicavam em um ambiente de trabalho que não apenas limitava a liberdade dos profissionais, mas também comprometia seus direitos básicos enquanto trabalhadores.
Diante das evidências coletadas, o MPT promoveu a ação necessária para garantir os direitos dos trabalhadores e responsabilizar os envolvidos nas práticas laborais ilegais. A situação levanta questões cruciais sobre a fiscalização das condições de trabalho na construção civil e a proteção dos direitos de trabalhadores estrangeiros no Brasil.