sábado, 23 de novembro de 2024

Entenda como a Vitória eleitoral de Trump nos EUA pode ter impactos na economia global

A vitória de Donald Trump na eleição presidencial dos Estados Unidos trouxe à tona uma série de potenciais impactos econômicos que irão reverberar globalmente. Seu discurso pós-eleitoral, em que declarou ter recebido um “mandato poderoso” para governar, sugere uma agenda com promessas que podem transformar a dinâmica econômica mundial.

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Entre as propostas de Trump estão tarifas comerciais mais elevadas, desregulamentação em diversos setores e maior exploração de recursos naturais. Essas ações têm o potencial de provocar uma pressão significativa sobre as economias, afetando inflação, crescimento econômico e as taxas de juros em diferentes países.

Uma das medidas mais contenciosas é a implementação de uma tarifa universal de 10% em todas as importações e uma tarifa de 60% sobre produtos chineses. Espera-se que essas tarifas inibam o comércio global, aumentem a inflação nos Estados Unidos e forcem o Federal Reserve a ajustar sua política monetária.

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O impacto disso pode ser vasto, uma vez que muitas empresas provavelmente repassarão os custos resultantes das tarifas para os consumidores, exacerbando as pressões inflacionárias. Analistas do Fundo Monetário Internacional (FMI) já destacam que o crescimento global fraco pode ser ampliado pela nova dinâmica do comércio imposta por essas tarifas.

Os mercados emergentes, que frequentemente dependem de financiamento em dólares, podem enfrentar um cenário desafiador. As altas tarifas e as expectativas de inflação nos EUA podem encarecer empréstimos e reduzir exportações, causando um impacto duplo adverso. A China, como maior exportador mundial, pode buscar novos mercados para compensar a perda das exportações para os EUA, alterando as dinâmicas comerciais globais.

Os bancos centrais globalmente poderão reagir às novas políticas de Trump, especialmente se o sentimento empresarial se deteriorar rapidamente. O Banco Central Europeu, por exemplo, pode considerar cortes na taxa de juros para mitigar os impactos adversos de uma possível desaceleração econômica. Ações de retaliação comercial por parte de outros países também são esperadas, o que pode aumentar ainda mais as tensões no comércio internacional.

Os países mais próximos dos EUA, como o México, estão entre os mais vulneráveis a essas mudanças, em grande parte pelas promessas de Trump de endurecer políticas de imigração e comércio. A moeda mexicana já experimentou desvalorizações em resposta aos resultados eleitorais, refletindo o nervosismo dos investidores. Por outro lado, a Europa pode enfrentar um aumento nos custos de defesa caso Trump opte por reduzir o apoio à NATO, complicando ainda mais uma situação econômica já fragilizada.

A proposta de desregulamentação dos setores bancário e financeiro pode enfraquecer as regulamentações estabelecidas para evitar crises financeiras. Especialistas já alertam que isso pode minar instituições financeiras e aumentar os riscos de instabilidade no mercado financeiro global, especialmente se os EUA se afastarem de consensos como os que envolvem o Basel III.

Com a eleição de Trump, o cenário econômico mundial se torna mais incerto, e as reações de mercados, governos e bancos centrais devem ser acompanhadas de perto nos próximos meses.

 

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Equipe de jornalismo

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