O mercado financeiro revisou para baixo, mais uma vez, a previsão de inflação para o ano corrente, conforme apontado pelo Boletim Focus divulgado hoje (22) pelo Banco Central (BC). O Índice de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), considerado a inflação oficial do país, agora é estimado em 3,86%, ligeiramente abaixo da projeção da semana anterior de 3,87% e das estimativas há quatro semanas, que eram de 3,91%.
O Boletim Focus, que compila projeções de mais de 100 instituições do mercado, também apresentou perspectivas para os anos seguintes. Para 2025, a expectativa é de que a inflação atinja 3,5%, mantendo-se nesse patamar também em 2026 e 2027.
A previsão para 2024 está alinhada com o intervalo de meta de inflação estabelecido pelo Conselho Monetário Nacional (CMN), que é de 3% para 2023, com uma margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo. Nesse contexto, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, a Selic, como principal instrumento para atingir a meta.
O Comitê de Política Monetária (Copom) anunciou a intenção de continuar com cortes de 0,5 ponto percentual nas próximas reuniões, buscando influenciar a inflação por meio da taxa Selic.
Quanto às projeções para a taxa básica de juros, o mercado financeiro espera que a Selic encerre 2024 em 9%, enquanto para o final de 2025, a estimativa é de uma redução para 8,5% ao ano, permanecendo constante nos anos subsequentes.
No que diz respeito ao Produto Interno Bruto (PIB), o Boletim Focus revisou para cima a previsão de crescimento em 2024, agora estimada em 1,6%. Para 2025, a projeção permanece em 2%, mantendo-se constante para os anos de 2026 e 2027.
O câmbio também foi objeto de ajustes nas expectativas. Para 2024, o Boletim Focus agora prevê que o dólar encerre o ano em R$ 4,92, refletindo uma redução em comparação com as estimativas anteriores. A previsão para 2025 é de que o dólar se mantenha em R$ 5,00, com expectativas de leve aumento nos anos seguintes, atingindo R$ 5,05 em 2026 e R$ 5,10 em 2027.