Recentemente, a cantora Anitta revelou ter sido diagnosticada com Epstein-Barr, o vírus causador da mononucleose infecciosa. Também conhecida como “doença do beijo”, ela pode provocar desde consequências mais leves, como dor de garganta, até levar a quadros mais graves, como o acometimento do sistema nervoso central.
De acordo com a ginecologista Theresa Cristina Leo, o modo mais comum de transmissão da mononucleose é através do contato com a saliva de alguém infectado pelo Epstein-Barr. Por esta razão, o beijo acaba sendo a principal forma de contágio.
No entanto, o vírus também pode ser transmitido por meio de secreções da garganta e do nariz. Isso significa que até mesmo o contato com alguma superfície contaminada, como copos e talheres, pode ser suficiente para que o vírus passe de uma pessoa para outra.
“É por esse motivo que a mononucleose não é considerada uma Infecção Sexualmente Transmissível, já que as formas de contágio vão além do contato sexual”, explica Theresa.
Segundo a médica, assim como o herpes, uma vez contraído, o Epstein-Barr não é eliminado do organismo.
“O vírus fica latente. Mas, geralmente, os sintomas são autolimitados, pois existe uma reação do sistema imunológico. A incubação dele dura de 28 a 45 dias. A pessoa infectada pode transmitir ele ao longo da vida”, diz a ginecologista.
Sintomas
Já em relação aos sinais da doença, Theresa afirma que, muitas vezes, a mononucleose apresenta sintomas semelhantes a outras infecções, como dor de garganta, dificuldade para engolir, febre, ínguas (linfonodos aumentados de tamanho no pescoço), e dores no corpo.
No entanto, em casos mais graves, ele pode afetar o sistema nervoso central, provocando doenças como meningite e encefalite, além de afetar órgãos como o fígado e o baço, causando o surgimento de hepatite, por exemplo.
“O diagnóstico deve ser feito por exames laboratoriais, por meio de anticorpos específicos contra o Epstein-Barr”, explica Theresa, que alerta que, ao sentirem os sintomas, as pessoas devem procurar ajuda médica.
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