Londres, 1903. Bailes glamourosos, Caçadores de Sombras e, claro, muito drama adolescente! É nesse cenário eletrizante que a trilogia “As Últimas Horas” de Cassandra Clare nos transporta. E, olha, preparem-se, porque a saga é simplesmente absurda de tão boa!
Personagens que nos Conquistam
Um dos pontos altos, na minha opinião, é a complexidade dos personagens. O desenvolvimento do Matthew Fairchild é de tirar o chapéu. A gente acompanha todos os problemas pessoais e a montanha-russa de sentimentos dele de uma forma tão real que é impossível não torcer por ele.
Mas quem me fez mudar de ideia completamente foi a Grace Blackthorn. No começo, confesso, eu achava ela horrível! Mas o legal é ver como a autora mostra que a vida não é só preto no branco, e que existem pessoas ali no meio. O desenvolvimento da Grace é tão humano que a gente começa a entender a perspectiva dela. Ela errou muito, sim, mas sabe que errou, e isso a humaniza demais.
Um Romance Épico e um Grupo de Amigos Inseparável
O relacionamento de James e Cordelia é daqueles que a gente espera desde sempre. Eles sempre tiveram uma “química” inegável, mas o drama central envolvendo a Grace é o que impede o casal de finalmente ficar junto. Quando eles finalmente conseguem se acertar, é que o caos se instala! Mas, como boa leitora que sou, posso dizer: no final, o amor prevalece!
E como falar dessa trilogia sem mencionar os “Ladrões Felizes” (Merry Thieves)? O quarteto formado por Matthew, Thomas, Christopher e James é simplesmente incrível! Eles são a versão Caçadores de Sombras dos Marotos de Harry Potter! A dinâmica de amizade, família e apoio incondicional que eles têm é maravilhosa. Eles são mais que amigos, são irmãos, e a gente ama ver eles juntos.
Representatividade e Belle Époque
Uma das coisas mais interessantes dessa trilogia é a representatividade. Entre todos os livros da Cassandra Clare, este é o que mais aborda a diversidade LGBT+ e de relacionamentos. O livro se passa em 1903 e mostra os medos e os perigos da época, mas a autora faz isso de uma forma muito legal, sem ser triste, o que torna a leitura ainda mais enriquecedora.
A ambientação em si é um show! A autora retrata a Londres-Boêmia e a vibe de Belle Époque de um jeito que a gente se sente lá. Os bailes, os vestidos, as carruagens… A estética é linda! E um super bônus: o livro tem ilustrações ao longo da história, o que ajuda muito a visualizar as roupas e os lugares.
A Vilã Insuportável e a Dor do Fã
Agora, vamos falar de quem me tirou do sério: a vilã, Tatiana. Sério, eu passei tanta raiva que mal podia aguentar! Ela é a definição de insuportável, uma vilã que parece não ter base nem motivação de verdade. Ela lutava por algo que não existia e fazia umas coisas tão “nada a ver” que nem dava para levar a sério!
E, pra terminar, um desabafo de fã: a única coisa que eu perguntaria à Cassandra Clare é: “Por que você matou meu personagem favorito?” A dor foi real! Eu me identificava com ele, e a morte parecia totalmente desnecessária para a história. Fica a dúvida no coração do leitor!
Veredito Final: Leitura Obrigatória!
Se você está pensando em ler, minha recomendação é clara: comece por “As Peças Infernais”! Para entender todo o universo, você precisa ler sobre os pais (em Peças Infernais) e depois sobre os filhos (em As Últimas Horas).
Sinceramente, essa é uma das minhas trilogias favoritas da vida. A escrita da Cassandra Clare é incrível, a construção dos personagens é profunda e os vários pontos de vista tornam a leitura super imersiva. A história é ótima, as batalhas são emocionantes… Tudo maravilhoso!
Só leiam!
