5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Não deixe a vida te levar…

As pessoas em seu cotidiano têm o hábito de reclamar de tudo, do tempo, do trabalho que exercem, da família, dos amigos, da dor que estão sentido, do governo, da política, de ter que falar sobre assuntos como política, enfim, de tudo! Reclamar parece mais um esporte que dá prazer para as pessoas. Mas e o planejar? E o olhar para o cenário atual e refletir sobre onde se quer chegar? É mais cômodo não fazer planejamento de nada e só reclamar da vida! Mesmo que não tenha feito nada para mudar isso. 

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Olhar para as pequenas coisas da vida e ver algo positivo nelas é questão não apenas de hábito, mas de planejamento também. E não quero de maneira nenhuma trazer questões de coach batidas (até porque nem gosto), nem nada no sentido de que as pessoas precisam ter um mindset positivo, etc… Isso é raso, sem sentido para todas as realidades que existem e sem efeitos práticos na população geral do Brasil. O pensamento de que o planejar muda tudo, faz total diferença, independente da realidade em que estivermos.

“Até você se tornar consciente, o inconsciente irá dirigir sua vida e você vai chamar isso de destino”. Carl Gustav Jung

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Os amantes de Zeca Pagodinho que me perdoem, mas deixar a vida me levar não é pra mim… Prefiro tomar consciência, conforme Jung cita acima, e seguir a vida de maneira mais planejada. Parece não ter relação o planejamento com a tomada de consciência, mas tem! Total relação, inclusive, pois só nos damos conta de que algo está acontecendo, se pararmos, analisarmos e planejarmos o que fazer. 

Pensemos em um exemplo prático que a grande maioria dos brasileiros passa todos os dias: você acorda, se arruma para o dia que terá, toma café da manhã e sai para trabalhar. Muitas das vezes tem um horário de almoço reduzido, que em sua maioria é na própria empresa, e finaliza o expediente cansado, doido pra voltar pra casa e descansar. 

Aí eu te pergunto algumas coisas simples, você tem ânimo, tempo ou até dinheiro para investir em uma academia, pilates ou qualquer outro exercício físico? Você tem disposição para cuidar dos filhos e ajudá-los na lição de casa, na socialização com a família ou em atividades outras tantas? Garanto que muita gente vai responder que não. Mas em algum momento você já parou pra refletir sobre até onde a vida te levou, sem você tomar conta do processo, sem você perceber, sem você sequer querer?

Eu sei que muita gente precisa seguir a vida porque não tem opções, precisa pagar as contas e na realidade, apenas sobreviver! Mas por que tanta gente consegue ter histórias de superação? Que parecem até ser filmes de tão surreais que são? Pois é… Jung chama isso de jornada do herói. E isso geralmente não é algo que acontece da noite pro dia. É fruto de autoconhecimento, planejamento e principalmente persistência. 

Fica aqui inclusive uma dica de filme, que é um de meus favoritos, chamado “De porta em porta”, que não é glamouroso, nem nada do tipo, é o relato de alguém simples, que planejou o que queria fazer e depois de muita persistência, conseguiu. Inclusive com todas as dificuldades que a vida lhe deu. A jornada do herói não se limita em grandes conquistas, em algo que coach ama falar que é meritocracia. Longe de mim dizer isso, até porque esse é um conceito que não compactuo de maneira alguma.

A jornada do herói está em cada detalhe de nossa vida, está em, após nos planejarmos e mantermos a persistência, conseguirmos ter mais tempo de qualidade com os filhos, com os amigos e até com nossa própria companhia e sentirmos realização e felicidade nisso. Está em conseguirmos nos relacionar melhor no ambiente de trabalho, em conseguirmos ler um livro no ano pela primeira vez na vida, e até em chegar no dia 20 das defensivas do Duolingo! Está em cada pequena e leve conquista. Até ir trabalhar feliz é uma conquista que muita gente passa a vida toda e nem consegue… Se isso não é jornada do herói, o que é?

Heróis somos todos que chegamos em algum lugar, mesmo que a conquista seja pequena comparada com outras pessoas. Precisamos aprender a olhar para nós mesmos! A nossa evolução e realização é pessoal, única e intransferível. Bora parar de nos comparar com o outro, bora viver nossa própria jornada do herói, querendo, claro, sempre melhorar, mas em relação ao nosso eu de ontem, não comparado com o jogador de futebol, tampouco com o herdeiro famoso. 

Bora planejar viver o que queremos viver, dentro de nossa realidade e dentro de nossa possível evolução! A superação é única, singular e individual. E só quem sabe se estamos ou não satisfeitos, somos nós mesmos.

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Cínthia Aguiar
Cínthia Aguiar
Minha vida é marcada pela curiosidade e pela busca por conhecimento. Tenho uma trajetória acadêmica e profissional bem diversificada. A psicologia junguiana, no entanto, ocupa um lugar especial em meu coração. Sou especialista em psicologia junguiana, estudante assídua de símbolos e arquétipos. Sempre com uma xícara de café na mão, buscando respostas para as grandes questões da existência. Acredito que o autoconhecimento é a chave para uma vida mais plena e autêntica.

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