Entre casarões antigos e prédios envidraçados, a Grande Vitória vive um dilema constante: como preservar a memória sem travar o desenvolvimento? O encontro entre passado e futuro está presente em cada esquina, e o desafio é transformar essa tensão em riqueza.

O Centro Histórico de Vitória guarda joias arquitetônicas que contam nossa história, mas convive com torres modernas da Enseada do Suá. Em Vila Velha, o Convento da Penha resiste como símbolo, enquanto bairros como Praia da Costa e Itaparica crescem sob a pressão imobiliária. Na Serra, antigas áreas rurais se transformam em centros comerciais e condomínios fechados. A cada decisão, a cidade escolhe o que lembrar e o que esquecer. Preservar não significa congelar; modernizar não precisa ser apagar. Há cidades no mundo que conseguiram integrar as duas dimensões, fazendo da memória um recurso de identidade e não um peso.
A Grande Vitória precisa aprender a valorizar seu passado sem medo de olhar para frente. A preservação deve ser vista como inspiração, não como obstáculo. Só assim construiremos uma cidade que não seja apenas funcional, mas também carregada de significado, capaz de orgulhar seus moradores por sua história e por seu futuro.







