5 de dezembro de 2025
sexta-feira, 5 de dezembro de 2025

Crochê: ponto a ponto, uma terapia que transforma vidas

Arte milenar une bem-estar mental e empreendedorismo, conquistando corações (e agulhas) pelo Brasil.

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Imagine uma atividade que acalma a mente, exercita o cérebro, combate a ansiedade e ainda gera renda. Parece bom demais? Mas é exatamente isso que o crochê tem oferecido a milhares de brasileiros! Essa técnica secular, que vai muito além dos tradicionais tapetes, está revolucionando vidas – de mulheres que conquistaram independência financeira a homens que quebraram preconceitos e encontraram na arte uma válvula de escape.  

Mente em Ponto, Coração em Paz: Os Benefícios Terapêuticos do Crochê  

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Que o crochê relaxa, muita gente já sabe. Mas você imaginava que ele poderia alterar a química do cérebro? Pesquisas comprovam que a prática aumenta os níveis de serotonina e dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, e reduz os hormônios do estresse. Para quem sofre de ansiedade, depressão ou até TDAH, a repetição dos pontos cria uma cadência que acalma a mente e organiza os pensamentos – uma verdadeira “ginástica cerebral” que previne até doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson .  

“Ver um simples pedaço de lã virar um amigurumi é uma realização. Fazer crochê alivia minha ansiedade”, conta João Ricardo, publicitário de 29 anos que desafia estereótipos e cria peças incríveis.  

Muito Além dos Tapetes: Amigurumis, Roupas e Empreendedorismo  

O crochê hoje não se limita a enfeites e tapetes. Peças de vestuário, acessórios e os fofíssimos amigurumis (bichinhos de crochê) dominam as redes sociais e as feiras artesanais. A professora Juliana Sanches, da Caco Amigurumi, é um exemplo: ela não só transformou sua vida com a arte, como hoje vende mais do que receitas e cursos, compartilha com suas alunas e alunos métodos que ela e sua equipe desenvolvem, além de experiências e técnicas de vendas e como transformar seu amigurumi em um negócio de sucesso. Sua história inspira centenas de artesãos que veem no crochê uma oportunidade de recomeçar. 

Ju Sanches da Caco Amigurumi com seus Mini Mims

E dessa eu posso falar, como Aluna Caco, sou encantada com o trabalho e a generosidade da Ju, com várias oficinas gratuitas ela incentiva cada dia mais a prática do amigurumi. Super recomendo pra quem está iniciando nesse mundo lindo e prazeroso. Ju Sanches em seu canal do Youtube, ensina com maestria desde o primeiro pontinho pra quem nunca pegou em uma agulha de crochê, até lindas peças com técnicas que ela mesma desenvolve com sua equipe. 

Presépio Caco-Curso da Caco Amigurumi
Super Pop-Curso da Caco Amigurumi

Artistas como Anne Galante elevam o crochê a uma forma de expressão artística e comunitária. Anne, conhecida por suas instalações de crochê em grande escala como a decoração de Natal de um shopping em Hong Kong e um iglu lúdico que viralizou nas redes, transforma a técnica em experiências imersivas. Sua trajetória não se limita à criação individual: como educadora, ela compartilha seu conhecimento através da Escola de Artes Manuais (EAM), um portal digital que reúne milhares de alunas em uma comunidade vibrante. Com ferramentas inovadoras como o aplicativo Portal EAM, que oferece calculadora de custos, tutoriais em PDF e organização de projetos, Anne simplifica o dia a dia dos artesãos e fortalece o empreendedorismo criativo. 

Decoração de Natal em Hong Kong-Anne Galante

Sua alegria em ensinar transborda nas redes sociais: no Instagram (@annegalante), ela compartilha dicas e processos criativos, enquanto no YouTube seus vídeos didáticos alcançam milhares de visualizações. Seu trabalho reforça que o crochê é uma linguagem universal de criatividade e conexão, unindo gerações e rompendo fronteiras.

Anne Galante

De Hobby a Negócio: Independência Financeira nas Pontas dos Dedos  

Para muitas mulheres, o crochê virou uma fonte de renda extra – ou até principal! Em Maceió, o programa Economia Solidária da prefeitura capacita artesãs e abre espaços para comercialização. Betânia Souza, por exemplo, encontrou no crochê sua liberdade financeira: “O que antes eu precisava pedir para meu esposo, agora eu consigo comprar”.  

Já Zilá Ferreira, de 76 anos, usou o crochê para superar uma depressão de três décadas após perder o marido e o filho. Com ajuda da neta, criou a “Zilá Crochês” e hoje vende peças para todo o Brasil – e até para o exterior!

Homens na Agulha: Quebrando Preconceitos  

E sim, crochê também é coisa de homem! Como João Ricardo, que já faz crochê em ônibus e parques, muitos homens estão descobrindo os prazeres (e benefícios) da atividade. A marca Homem na Agulha, criada pelo artista visual Thiago Rezende, é prova de que agulhas e linhas não têm gênero.  

Quer começar? Dicas Para Iniciantes  

  1. Comece com peças simples: Cachecóis ou quadradinhos são ideais para treinar os pontos básicos.  
  2. Invista em materiais básicos: Uma agulha e um fio de algodão são suficientes para começar.  
  3. Pratique com mindfulness: Preste atenção nos movimentos e na textura do fio – isso potencializa o efeito terapêutico.  
  4. Junte-se a grupos: Comunidades online ou presenciais oferecem suporte e troca de experiências.  

De ponto em ponto, laço após laço, o crochê tece muito mais que peças: transforma vidas, restaura mentes e empodera corações. Que tal pegar uma agulha e começar sua própria história?  

Fontes: Depoimentos e pesquisas compiladas de Loja Caco, Casa das Cordas, Socroche, Prefeitura de Maceió, Claudia Abril e G1.

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Myrna Morelli
Myrna Morelli
Mãe, esposa, artesã e dona de casa

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