Arte milenar une bem-estar mental e empreendedorismo, conquistando corações (e agulhas) pelo Brasil.
Imagine uma atividade que acalma a mente, exercita o cérebro, combate a ansiedade e ainda gera renda. Parece bom demais? Mas é exatamente isso que o crochê tem oferecido a milhares de brasileiros! Essa técnica secular, que vai muito além dos tradicionais tapetes, está revolucionando vidas – de mulheres que conquistaram independência financeira a homens que quebraram preconceitos e encontraram na arte uma válvula de escape.
Mente em Ponto, Coração em Paz: Os Benefícios Terapêuticos do Crochê
Que o crochê relaxa, muita gente já sabe. Mas você imaginava que ele poderia alterar a química do cérebro? Pesquisas comprovam que a prática aumenta os níveis de serotonina e dopamina, hormônios responsáveis pela sensação de bem-estar, e reduz os hormônios do estresse. Para quem sofre de ansiedade, depressão ou até TDAH, a repetição dos pontos cria uma cadência que acalma a mente e organiza os pensamentos – uma verdadeira “ginástica cerebral” que previne até doenças degenerativas, como Alzheimer e Parkinson .
“Ver um simples pedaço de lã virar um amigurumi é uma realização. Fazer crochê alivia minha ansiedade”, conta João Ricardo, publicitário de 29 anos que desafia estereótipos e cria peças incríveis.
Muito Além dos Tapetes: Amigurumis, Roupas e Empreendedorismo
O crochê hoje não se limita a enfeites e tapetes. Peças de vestuário, acessórios e os fofíssimos amigurumis (bichinhos de crochê) dominam as redes sociais e as feiras artesanais. A professora Juliana Sanches, da Caco Amigurumi, é um exemplo: ela não só transformou sua vida com a arte, como hoje vende mais do que receitas e cursos, compartilha com suas alunas e alunos métodos que ela e sua equipe desenvolvem, além de experiências e técnicas de vendas e como transformar seu amigurumi em um negócio de sucesso. Sua história inspira centenas de artesãos que veem no crochê uma oportunidade de recomeçar.

E dessa eu posso falar, como Aluna Caco, sou encantada com o trabalho e a generosidade da Ju, com várias oficinas gratuitas ela incentiva cada dia mais a prática do amigurumi. Super recomendo pra quem está iniciando nesse mundo lindo e prazeroso. Ju Sanches em seu canal do Youtube, ensina com maestria desde o primeiro pontinho pra quem nunca pegou em uma agulha de crochê, até lindas peças com técnicas que ela mesma desenvolve com sua equipe.


Artistas como Anne Galante elevam o crochê a uma forma de expressão artística e comunitária. Anne, conhecida por suas instalações de crochê em grande escala como a decoração de Natal de um shopping em Hong Kong e um iglu lúdico que viralizou nas redes, transforma a técnica em experiências imersivas. Sua trajetória não se limita à criação individual: como educadora, ela compartilha seu conhecimento através da Escola de Artes Manuais (EAM), um portal digital que reúne milhares de alunas em uma comunidade vibrante. Com ferramentas inovadoras como o aplicativo Portal EAM, que oferece calculadora de custos, tutoriais em PDF e organização de projetos, Anne simplifica o dia a dia dos artesãos e fortalece o empreendedorismo criativo.

Sua alegria em ensinar transborda nas redes sociais: no Instagram (@annegalante), ela compartilha dicas e processos criativos, enquanto no YouTube seus vídeos didáticos alcançam milhares de visualizações. Seu trabalho reforça que o crochê é uma linguagem universal de criatividade e conexão, unindo gerações e rompendo fronteiras.

De Hobby a Negócio: Independência Financeira nas Pontas dos Dedos
Para muitas mulheres, o crochê virou uma fonte de renda extra – ou até principal! Em Maceió, o programa Economia Solidária da prefeitura capacita artesãs e abre espaços para comercialização. Betânia Souza, por exemplo, encontrou no crochê sua liberdade financeira: “O que antes eu precisava pedir para meu esposo, agora eu consigo comprar”.
Já Zilá Ferreira, de 76 anos, usou o crochê para superar uma depressão de três décadas após perder o marido e o filho. Com ajuda da neta, criou a “Zilá Crochês” e hoje vende peças para todo o Brasil – e até para o exterior!
Homens na Agulha: Quebrando Preconceitos
E sim, crochê também é coisa de homem! Como João Ricardo, que já faz crochê em ônibus e parques, muitos homens estão descobrindo os prazeres (e benefícios) da atividade. A marca Homem na Agulha, criada pelo artista visual Thiago Rezende, é prova de que agulhas e linhas não têm gênero.
Quer começar? Dicas Para Iniciantes
- Comece com peças simples: Cachecóis ou quadradinhos são ideais para treinar os pontos básicos.
- Invista em materiais básicos: Uma agulha e um fio de algodão são suficientes para começar.
- Pratique com mindfulness: Preste atenção nos movimentos e na textura do fio – isso potencializa o efeito terapêutico.
- Junte-se a grupos: Comunidades online ou presenciais oferecem suporte e troca de experiências.
De ponto em ponto, laço após laço, o crochê tece muito mais que peças: transforma vidas, restaura mentes e empodera corações. Que tal pegar uma agulha e começar sua própria história?
Fontes: Depoimentos e pesquisas compiladas de Loja Caco, Casa das Cordas, Socroche, Prefeitura de Maceió, Claudia Abril e G1.









