Vamos conversar um pouco sobre algo que, às vezes, passa despercebido no nosso dia a dia, mas que faz toda a diferença nas nossas relações: o uso do celular. Para nós, que valorizamos tanto o lar e a família, a sustentabilidade nas relações é tão importante quanto a do meio ambiente, não é mesmo?
Você já reparou como o nosso aparelho, tão cheio de facilidades, pode se tornar um convidado indesejado nas conversas? Imagine a cena: você está sentada, batendo um papo gostoso com alguém, seja seu filho, seu esposo, uma amiga. Seu celular está ali, ao lado. Ele não tocou, não piscou, não chamou a atenção… mas só de estar ali, visível, já manda um recado. Inconscientemente, ele pode dizer: “existe algo mais importante do que você que pode surgir a qualquer momento”. E a gente nem percebe!

Essa é a grande sacada: o aparelho, por si só, carrega um peso psicológico. Ele muda a dinâmica do encontro. Quando o colocamos na mesa durante o jantar em família, ou numa reunião de amigos, o subtexto é que a qualquer momento, algo na tela pode ser mais interessante do que quem está ali, conosco, de corpo e alma. E virar o celular de cabeça para baixo? Sabe, não é muito mais educado. A gente sabe que ele está ali, e a tentação de checar ainda existe.
A verdadeira tradição que queremos cultivar é a do estar presente. É valorizar o calor humano, o riso ao vivo, a troca de olhares. Para isso, o segredo é simples, mas poderoso: coloque seu celular no modo avião. Isso mesmo! Silencie-o completamente e, mais importante, guarde-o. Coloque no bolso, na bolsa, ou em algum lugar onde você não o veja facilmente.
Ao fazer isso, você está comunicando, sem palavras, algo muito mais bonito: “Você é minha prioridade agora. Estou aqui, de verdade, para você.” Não se trata apenas de ouvir as palavras que o outro diz, mas de fazer com que ele se sinta verdadeiramente ouvido, compreendido e valorizado. É essa a base da cultura da conexão que fortalece nossos laços.

E aqui vai uma dica que vale ouro para nosso bem-estar e para a maternidade (e paternidade!): se, ao acordar, sua primeira atitude é pegar o celular antes mesmo de dar “bom dia” a quem dorme ao seu lado, ou se você não consegue ir de um cômodo para o outro sem ele, talvez seja a hora de um pequeno ajuste. Pequenas mudanças nos hábitos podem trazer grandes recompensas para a nossa paz e para a profundidade dos nossos relacionamentos.
Vamos juntos construir momentos de mais presença e menos distração? É um investimento valioso na nossa felicidade e na de quem amamos!









