Neste capítulo, gostaria de compartilhar algumas curiosidades sobre os personagens já apresentados – como um especial, digamos. E confesso que não aguentava mais guardar essas informações só para mim. Então, vamos lá!
Ana Clara: Duas das minhas maiores inspirações para criar Ana Clara foram dois santos: São Jorge e Santa Joana d’Arc. Sei que no início ela ainda não se parece muito com essas referências, mas peço paciência – esta foi uma das personagens em que mais investi carinho na criação, e espero que sua evolução agrade a todos.
Aurora: De todos os alunos, Aurora é quem tem mais facilidade para aprender novos idiomas. Isso faz referência à carta que ela representa (A Torre), que simboliza a história da Torre de Babel.
Bernardo: Sua cor favorita é o púrpura tírio, também conhecido como púrpura real – uma tonalidade extremamente rara, produzida principalmente no Líbano a partir do muco de certas espécies de moluscos marinhos. Era tão valiosa antigamente que apenas a realeza podia adquirir e usar.
Caio: Sua altura (1,74m) é uma referência à Lua, cujo raio mede aproximadamente 1.740 km. Parte de sua história será inspirada em Sailor Moon, mas não vou revelar detalhes para não estragar a experiência.
Davi: O campeão do sono! Davi dorme cerca de 15 horas por dia – só não dorme mais por causa da escola, embora isso não o impeça de cochilar durante as aulas.
Felipe: Como representação do Sol, Felipe detesta filmes e livros tristes ou com finais trágicos. Ele sempre pesquisa minuciosamente antes de consumir qualquer conteúdo, rejeitando tudo que não tenha a mesma energia alegre e vibrante do astro-rei.
Gabriel: Seu artista favorito é Jimi Hendrix. Ele mantém um canal no YouTube onde posta covers e músicas originais.
Gabriela: A confusão constante entre Gabriela e Laura é uma referência à novela “Mulheres de Areia” e às personagens Ruth e Raquel – com a diferença que aqui não há a dicotomia “gêmea má vs. gêmea boa”. Uma curiosidade extra: Gabriela adora azul-claro e prata, cores que predominam em seus pertences.
Giovanna: Seu filme preferido é “Suspiria”, do diretor italiano Dario Argento, e seu livro favorito é “A Hora da Estrela”, de Clarice Lispector. E atenção: ela não é uma bruxa, e sim uma maga – sim, há diferença entre os dois conceitos.
Helena: Ao criá-la, eu queria uma personagem forte que não tivesse vergonha de ser feminina. É comum (especialmente entre autores homens) criar mulheres “fortes” que rejeitam tudo considerado feminino – aquela estereótipo da mulher que detesta moda, não tem amigas mulheres e é basicamente um “Rambo de saia”. Helena existe para mostrar que uma mulher pode ser poderosa e ainda apreciar coisas delicadas – pode ser uma guerreira e gostar de moda, da cor rosa e de coisas fofas.
Julieta: Desde o início, eu sabia que Julieta seria uma mulher trans – e, mais importante, que seria feliz. Embora nossa realidade seja cruel com essa comunidade, eu quis que ela fosse confiante, amada e apoiada pela família e amigos. Talvez isso possa trazer esperança a leitores trans. Julieta é uma das minhas personagens favoritas, e me comprometo a escrever sua história com a máxima responsabilidade.