4 de dezembro de 2025
quinta-feira, 4 de dezembro de 2025

O berço do café especial

Na vastidão seca do norte de Minas Gerais, onde o vento sopra quente e o céu se estende num azul intenso, encontra-se o Vale do Jequitinhonha, um cenário brasileiro de resistência e beleza bruta. Conhecida pela sua realidade difícil, a região se tornou símbolo nacional de luta e superação.

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Historicamente estigmatizada pela seca, pela pobreza e pelo isolamento, o Vale é muitas vezes esquecido por quem desconhece suas riquezas ocultas. Mas é exatamente nesse cenário improvável que nasce uma das histórias mais bonitas do café brasileiro: a capacidade de transformar o aparentemente impossível em realidade sensorial.

A resistência como essência

Ao olhar a terra seca e castigada pelo sol, poucos imaginariam que dali pudesse brotar algo tão delicado quanto um café especial. Mas é justamente essa resistência – da terra e das pessoas que nela habitam – que dá personalidade única ao café produzido na região.

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A aspereza da terra parece quase um desafio proposto pela natureza aos agricultores locais, exigindo deles mais do que técnica e força: exige paixão, criatividade e esperança. Nesse contexto, cultivar café não é apenas plantar sementes – é um ato de rebeldia poética.

Ciência e paixão no alto do Vale

É nesse ambiente que Raquel Meirelles e seu pai, Sérgio, encontraram espaço para inovar e criar. Juntos, decidiram enfrentar o desafio com ciência e coração aberto. Na Fazenda Varietal, localizada em Capelinha, cada safra é uma verdadeira pesquisa ao ar livre, uma experimentação contínua de variedades e processos.

“Quando conheci a Raquel e o Sérgio, entendi imediatamente que não se tratava apenas de plantar e colher café. Eles vivem a busca constante por algo mais profundo, mais verdadeiro, algo que mexe com nossa memória sensorial.” – Hugo, curador do Moka Clube.

O Vale sensorial

Provar um café do Vale do Jequitinhonha é sentir na xícara um diálogo intenso entre a dureza do solo e a delicadeza da mão humana. Notas como pêssego fresco e mel não são apenas características sensoriais, são testemunhos do encontro entre a força do ambiente e a paixão de quem cultiva.

Cada gole do café produzido nesse terroir improvável é um resgate das histórias não contadas do Vale – histórias de quem planta sonhos em terra dura, quem rega esperança com ciência e quem colhe cafés com alma.

Transformando desafios em possibilidades

Mais do que provar um café, a experiência oferecida pelo Moka Clube é descobrir o poder transformador de uma região tantas vezes negligenciada. Cada microlote escolhido pelo Moka carrega uma narrativa de superação, afeto e reconhecimento.

A escolha do Varietal Catiguá MG2 não é casual. Representa tudo que o Vale é capaz de oferecer quando suas dificuldades são encaradas como oportunidades. É o improvável que se torna memorável.

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