É um alívio perceber que não precisamos estar presentes em todas as tendências. Esta reflexão se tornou ainda mais relevante em tempos de excesso de informações.
Quando decido me desconectar do bombardeio de inovações e referências nas redes sociais, noto que isso me ajuda a me reconectar comigo mesma e a minimizar a pressão das telas.
O que é skin burnout?
A pressão para seguir as tendências de beleza propagadas nas redes sociais resulta no famoso skin burnout.
A saturação de estímulos e o uso excessivo de produtos sem orientação adequada geram estresse emocional e cutâneo.
A pele fica sensível, irritada e sem viço. Alarmantemente, 60% das mulheres relatam problemas de pele devido ao uso excessivo de produtos, segundo a Euromonitor.
A incessante busca por seguir tendências pode resultar não apenas no burnout da pele, mas também em uma exaustão geral.
Vivemos uma geração cansada, e a pele reflete o que se passa internamente. Muitas vezes, esquecemos de filtrar o que consumimos, seja em produtos ou experiências.
Cuidado com as armadilhas
Com uma década de experiência em tecnologia médica, percebo o quanto a pressão por novidades é desgastante. O que deveria ser uma escolha se transforma em uma obrigação, tanto para dermatologistas quanto para pacientes.
É fácil cair na armadilha de achar que precisamos estar sempre atualizados, o que gera um ciclo de ansiedade desnecessária. Respeitar o próprio tempo é crucial.
A velocidade das informações é avassaladora. Tentar acompanhar tudo isso pode nos aprisionar às tendências.
Investir em tratamentos e tecnologias comprovados por dermatologistas é essencial. Nem tudo o que é novo é necessário; o que funciona para outros pode não ter o mesmo efeito em nós.
Um bom tratamento é aquele que respeita a individualidade e prioriza a saúde, alinhado à ciência. Às vezes, menos é mais: um protocolo bem estruturado pode gerar melhores resultados do que uma rotina excessivamente complexa.
Por isso, buscar orientação profissional e focar no que realmente importa é imprescindível. Ouvir seus próprios pensamentos também é fundamental para combater o burnout.
Vivemos em um mundo de infinitas possibilidades, mas é vital lembrar que ninguém pode fazer tudo ou estar em diversos lugares ao mesmo tempo.
A curadoria consciente do que escolhemos viver e consumir é a chave para alcançar um equilíbrio entre a saúde da pele e o bem-estar mental.