A Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) divulgou na tarde desta terça-feira (14) um balanço de casos com suspeitas de dengue no Espírito Santo. Somente em dois dias – domingo (12) e segunda-feira (13) – foram notificados 2.539 casos sob investigação. A Sesa também relatou a falta de inseticida para combater o mosquito transmissor da doença.
Na semana passada, o Estado teve 7.979 notificações. Já na anterior, houve 7.760 registros de suspeita da doença. De acordo com o subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, há quatro anos os números da dengue estavam estáveis. Ele alertou para o crescimento de outras doenças.
“Precisamos lembrar que o mosquito que transmite a dengue também transmite zika e chikungunya. Com maior incidência do mosquito, cresce também o número de casos dessas doenças. Mas a dengue ocorre em número muito maior”, ressaltou Reblin.
O subsecretário ainda alertou que foram detectados os vírus da dengue Tipo 1 e 2. “Até o ano passado tínhamos detectado a circulação do vírus do Tipo 1. Isso quer dizer que pessoas que pegaram esse tipo estão sujeitas a pegar dengue novamente, agora pelo Tipo 2. Por isso é necessário tomar cuidado para não deixar água parada nas residências”, lembrou Luiz Carlos Reblin.
Falta de inseticida
Reblin relatou que o inseticida testado para combater o mosquito da dengue está em falta no Brasil. “Por conta disso, os chamados ‘carros-fumacês’ não estão passando pelos municípios, o que faz com que nossa atenção esteja voltada para os focos do mosquito”, comentou.
Covid-19
Com mais 1,320 milhão casos de Covid-19 no Espírito Santo, desde 2020, o subsecretário explicou que a doença está estabilizada no Estado. Em março foram registrados dois óbitos. Mas ele alerta para o alto número de pessoas que não completaram o esquema vacinal.
“Temos 85% da população vacinada com duas doses. Porém, depois disso, os números foram caindo drasticamente. Com três doses da vacina temos 52% da população, enquanto com as quatro doses, somente 25%”, destacou Luiz Carlos Reblin.
Em relação à vacina bivalente, o subsecretário de Vigilância em Saúde lamentou o fato de que nem 50% da população que já pode receber a dose procurou os postos de saúde.
“Entre o público alvo, nós tínhamos mais de 300 mil pessoas aptas a tomar a dose da vacina bivalente. Mas somente 62 mil foram vacinados. É um número muito baixo. Suplicamos para que todos aqueles que ainda não completaram seu esquema vacinal, que busquem os postos de atendimento e, aqueles que já podem tomar a dose da bivalente, que se vacinem para evitar que tenhamos problemas em uma possível nova onda de Covid-19”, destacou Reblin.
Mpox
O Estado deve receber ainda nesta terça-feira cerca de 260 doses da vacina contra Mpox. Luiz Carlos Reblin comentou que esta vacina será aplicada em um público bastante específico no momento, já que não há vacinas sendo produzidas em grande escala no mundo.
“Os funcionários dos laboratórios que trabalham diretamente identificando esse vírus serão os primeiros a receber a vacina. Ela deve chegar até o final da tarde de hoje”, explicou.
No Brasil, foram registrados mais de 10 mil casos da doença. No Espírito Santo foram 161. “Felizmente tivemos um controle muito eficiente da doença. Sempre que aparecia um caso suspeito, a pessoa era bem orientada e a doença não trouxe alto risco para os capixabas”, disse Reblin.
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