A previsão do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), que é a inflação oficial do país, foi revisada para cima no Boletim Focus desta segunda-feira (29). Estima-se agora que o IPCA alcance 4,10% este ano, um aumento em relação à previsão anterior de 4,05%. Para os anos seguintes, as projeções também foram ajustadas: 3,96% para 2025, 3,6% para 2026 e 3,5% para 2027.
A meta de inflação definida pelo Conselho Monetário Nacional (CMN) para 2024 é de 3%, com margem de tolerância de 1,5 ponto percentual para cima ou para baixo (variando de 1,5% a 4,5%). A partir de 2025, o Brasil implementará um sistema de meta contínua, onde o CMN não precisará mais definir uma meta anual específica.
Em relação à política monetária, o Banco Central utiliza a taxa básica de juros, Selic, como principal instrumento para controlar a inflação. Atualmente, a Selic está em 10,5% ao ano, após oito meses consecutivos de manutenção desse patamar, devido ao aumento das incertezas econômicas e à valorização do dólar.
As projeções indicam que a Selic permanecerá em 10,5% ao ano até o final de 2024. Para 2025, espera-se uma redução para 9,5% ao ano, e para 2026 e 2027, a previsão é de queda para 9% ao ano em ambos os anos.
Além da inflação e da Selic, as instituições financeiras também ajustaram suas projeções para o crescimento do Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro. A expectativa é de crescimento de 2,19% em 2024 e de 1,94% em 2025, com uma expansão estimada em 2% para os anos seguintes.
Quanto ao câmbio, a previsão é que o dólar encerre este ano cotado a R$ 5,30 e que, até o final de 2025, atinja R$ 5,25.
Essas estimativas são fundamentais para orientar as políticas econômicas e financeiras do país, influenciando desde o crédito ao consumo até a expansão da atividade econômica.