A cada dia que passa estamos mais perto da realização dos Jogos Olímpicos de Paris, França. O Brasil tem histórico de boas participações em esportes como o judô, o vôlei, a vela, o atletismo, a natação, e até já venceu duas edições no futebol.
No tênis de quadra, entretanto, o melhor resultado foi alcançado pelas tenistas Luisa Stefani e Laura Pigossi ao conquistarem a medalha de bronze na edição de Tóquio, em 2020. Ou seja, o tênis brasileiro jamais esteve em uma final Olímpica.
Para a edição de Paris, que acontecerá no complexo de Roland Garros -quadras consagradas mundialmente por abrigarem um dos quatro principais torneios do tênis mundial- serão cinco as modalidades disputadas: simples e duplas masculinas e femininas e duplas mistas.
O critério para participar das chaves de simples se baseia no ranking das duas entidades que dirigem o tênis mundial, a ATP (Associação dos Atletas Profissionais) e WTA (Associação das Mulheres Tenistas). Serão 64 atletas em cada chave de simples, tendo como a data de base para a classificação o ranking do dia 10 de junho de 2024. Desses 64 atletas, 56 serão classificados pelo ranking, sendo respeitada a cota máxima de 4 atletas por país. As outras vagas são definidas pela ITF (Federação Internacional de Tênis), a partir dos resultados dos Jogos Panamericanos de 2023, Jogos Asiáticos de 2022 e Jogos Africanos de 2023, além de dois convites.
Já nas chaves de duplas, serão 32 times, com o máximo de dois por país. Nesse caso, os 10 melhores jogadores de cada um dos rankings de duplas (ATP e WTA) estão automaticamente classificados, desde que tenham um parceiro ou parceira do mesmo país dentro do top 300 de qualquer ranking. Nas duplas mistas participam apenas atletas já classificados para o torneio de simples ou duplas. Serão 16 equipes de duplas mistas, com apenas uma dupla por pais. A qualificação se baseia no ranking combinado dos parceiros.
O Brasil já tem garantida a participação de duas tenistas: Beatriz Haddad Maia, garantida por seu ranking, e Laura Pigossi, que conquistou a vaga ao alcançar a final dos Jogos Panamericanos de 2023, da qual saiu como vencedora. Os representantes masculinos dependem da divulgação da lista definitiva da ITF, que ocorrerá em 2 de julho. Pelo menos três tenistas têm chances de entrar na competição, por aparecerem como suplentes (em caso de contusão ou desistência de atletas melhor ranqueados): Thiago Wild, Thiago Monteiro e Felipe Meligeni.
A participação dos principais e das principais tenistas é aguardada com ansiedade nesses Jogos Olímpicos. O espanhol Carlos Alcaraz, segundo do ranking de simples, já anunciou parceria com Rafael Nadal nas duplas, e deve ser uma atração à parte. Novak Djokovic, que perdeu a condição de líder do ranking para o italiano Jannik Sinner na última edição de Roland Garros, está às voltas com uma cirurgia de joelho e ainda não tem presença confirmada. Até onde se sabe, Iga Swiatek, Coco Gauff e Arina Sabalenka, que lideram o ranking feminino, devem ser protagonistas em Paris. Entre as tenistas brasileiras, Bia Haddad deve fazer dupla com Luisa Stefani, 13ª do ranking de duplas, com boas chances.
Os Jogos Olímpicos de Paris acontecerão de 26 de Julho a 11 de Agosto. Os jogos do tênis acontecerão de 27 de Julho a 4 de Agosto, no saibro de Roland Garros. Resta-nos torcer por nossas tenistas.