sexta-feira, 22 de novembro de 2024

Freud vs. Jung: qual teoria faz mais sentido?

Para quem não conhece, vou apresentar e comparar a teoria dos dois, porque não, o Freud não é só o cara que é citado na música do Zé Ramalho, e Jung também não é um cara que é místico sem fundamentação teórica.  

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Sigmund Freud, médico neurologista austríaco, é considerado o pai da psicanálise. Sua teoria revolucionou a compreensão da mente humana, propondo que o inconsciente exerce uma influência poderosa sobre o comportamento humano. Freud defendeu a ideia de que a sexualidade é a principal força motriz do comportamento humano e que os traumas da infância moldam a personalidade adulta. Através de técnicas como a associação livre e a análise dos sonhos, Freud buscou desvendar os mistérios do inconsciente e auxiliar seus pacientes a superar seus conflitos internos.

Carl Gustav Jung, médico psiquiatra suíço, é reconhecido como o fundador da psicologia analítica. Sua teoria, que divergiu da psicanálise freudiana, propõe uma visão mais abrangente da psique humana. Jung defendeu a ideia da existência de um inconsciente coletivo, uma espécie de memória ancestral que molda nossos pensamentos, sentimentos e comportamentos. Nesse âmbito, de forma mais profunda, residem os arquétipos, padrões universais que se manifestam em mitos, sonhos e obras de arte. A psicologia analítica de Jung revolucionou a compreensão da mente humana, influenciando campos como a psicologia, a filosofia e a literatura, e oferecendo ferramentas valiosas para a autodescoberta e o desenvolvimento pessoal.

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Importante destacar que tanto Sigmund Freud quanto Carl Gustav Jung, foram pioneiros e gigantes da psicologia, pois revolucionaram a forma como entendemos a psique humana. Embora ambos tenham dedicado a vida para explorar o inconsciente humano, suas teorias divergem em pontos fundamentais. 

Vamos entender as principais diferenças de forma simples e direta:

O Inconsciente
  • Freud: Para Freud, o inconsciente é como um depósito de desejos reprimidos, traumas e impulsos sexuais. É um lugar obscuro da mente.
  • Jung: Jung também acreditava no inconsciente, mas ia além. Para ele, além do inconsciente pessoal, existe um inconsciente coletivo, uma espécie de memória ancestral que todos compartilhamos e que contém arquétipos.
A Sexualidade
  • Freud: Para Freud, a sexualidade era a força motriz de todo comportamento humano. Ele acreditava que os desejos sexuais reprimidos eram a causa de muitos problemas psicológicos.
  • Jung: Jung também reconhecia a importância da sexualidade, mas não a via como a única força motriz. Ele explorou outros aspectos da psique, como a espiritualidade e a busca por significado.
O Desenvolvimento da Personalidade
  • Freud: Freud enfatizava a importância da infância e das experiências iniciais na formação da personalidade.
  • Jung: Jung também considerava a infância importante, mas afirmava que o desenvolvimento da personalidade continuava ao longo da vida, com a busca pela individuação sendo um processo contínuo.
A Religião e a Espiritualidade
  • Freud: Freud era bastante crítico em relação à religião, vendo-a como uma ilusão e uma forma de lidar com a ansiedade.
  • Jung: Jung tinha uma visão mais aberta sobre a religião e a espiritualidade. Ele acreditava que os símbolos religiosos podiam ser ferramentas importantes para o desenvolvimento pessoal e para a auto regulação da psique.
Arquétipos: Os Heróis Internos
  • Jung: Jung introduziu o conceito de arquétipos, que são como modelos universais presentes no inconsciente coletivo. São padrões de comportamento e pensamento que se repetem em todas as culturas e épocas. Exemplos de arquétipos são: o herói, a grande mãe, a sombra etc.

Freud focava mais nos conflitos internos e nas experiências passadas, buscando a causa dos problemas psicológicos nas experiências da infância, buscava sempre um diagnóstico, uma classificação e causa do problema. 

Enquanto Jung tinha uma visão mais ampla da psique humana, explorando o inconsciente coletivo, os arquétipos e a busca por significado. Ele acreditava que a personalidade continuava a se desenvolver ao longo da vida e que a espiritualidade era um aspecto importante da experiência humana.

Concordo que a visão de seres humanos como complexos e multifacetados, indo além da mera sexualidade, é mais completa. A busca por significado, o desenvolvimento pessoal constante e a necessidade de equilibrar a psique através de espiritualidade, exercícios, arte e outras atividades, conforme explorado por Jung, nos enriquecem e expandem nossas possibilidades. A obra de Jung oferece uma perspectiva profunda e inspiradora sobre a natureza humana. Jung é o cara.

Dica de leitura:

Para compreender a profundidade da psicologia analítica, é fundamental estudar as obras originais de Jung. “Memórias, Sonhos, Reflexões” oferece uma visão íntima da vida e do pensamento do autor, enquanto “O Homem e Seus Símbolos” apresenta seus conceitos de forma mais acessível.

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Cínthia Helena Aguiar
Cínthia Helena Aguiar
Minha vida é marcada pela curiosidade e pela busca por conhecimento. Tenho uma trajetória acadêmica e profissional bem diversificada. A psicologia junguiana, no entanto, ocupa um lugar especial em meu coração. Sou especialista em psicologia junguiana, estudante assídua de símbolos e arquétipos. Sempre com uma xícara de café na mão, buscando respostas para as grandes questões da existência. Acredito que o autoconhecimento é a chave para uma vida mais plena e autêntica.

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